Juntar dinheiro, gerenciar os gastos e até fazer planos com os recursos pode ser sim coisa de criança. O último levantamento realizado pelo Banco Central mostrou que somente entre os jovens de 15 a 24 anos foram 23 milhões de contas bancárias abertas nos últimos dez anos, o que representa um crescimento de 50% quando comparado ao período anterior.
Os especialistas, no entanto, são categóricos: a educação financeira e o contato com este mundo deve começar mais cedo e não só nas escolas, mas também dentro de casa.
depósitos. Já o cartão de débito ela só usa com autorização, quando sai sem os responsáveis. A mesada ela mesma administra, mas os pais acompanham e estimulam para que ela tome decisões planejadas. Desde pequena, Geovana já sabe, por exemplo, que é sempre melhor pagar em dinheiro ou no débito. A lição foi aprendida com os pais nas idas ao supermercado.
Aprender a planejar
A especialista em economia comportamental acredita que abrir uma conta para a criança e deixar que ela administre uma determinada quantia pode servir para que ela aprenda a se controlar e planejar. "Mas, claro, essa quantia deve ser limitada e monitorada pelos pais", alerta a educadora financeira.
Na casa da babá Ingrid Souza, dinheiro também é tema recorrente entre os pequenos. Mãe de uma menina de 10 anos e um menino de 7, ela conta que desde que eles eram ainda menores já conversava com os dois sobre a necessidade e a importância de saber economizar. As orientações da mãe são sempre no sentido de ficarem atentos aos custos de itens, evitando gastos exorbitantes, principalmente no supermercado.
"Procuro educar sempre mostrando a realidade, levando ao mercado, mostrando os preços, mostrando como a gente pode economizar, não só dinheiro, como também as coisas dentro de casa, no que a gente puder economizar é sempre melhor, né? Mostrando comparação de preços, essas coisas", diz.
A Voz da Região / A Tarde