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FACEBOOK VAI TER QUE INDENIZAR

Justiça do Maranhão determina que Facebook indenize 8 milhões de brasileiros

As indenizações — no valor de R$ 500 cada — devem ser pagas aos brasileiros que tiveram dados vazados há cerca de dois anos. Ainda cabe recurso na decisão


(crédito: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)

A Justiça do estado do Maranhão determinou, nesta quinta-feira (23/3), que a empresa Facebook deve indenizar oito milhões de brasileiros por danos morais. O valor estipulado para a indenização foi de R$ 500 para cada um dos usuários da rede social que tiveram dados pessoais vazados em 2021. Além disso, a sentença proferida pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos da comarca da Ilha de São Luís ordenou o pagamento de R$ 72 milhões por danos morais coletivos, que deve ser revertido ao Fundo Estadual de Interesses Difusos.

A decisão foi em primeira instância e ainda cabe recurso, mas, se confirmada a determinação judicial, o Facebook deve ter que desembolsar algo em torno dos R$ 4 bilhões, se somados todos os valores a serem indenizados. De acordo com o juiz Douglas de Melo Martins, que proferiu a sentença, o Facebook agiu de forma negligente ao permitir a extração de dados de suas plataformas, de milhões de usuários, por ferramentas automatizadas, não importando que o tratamento ilícito tenha sido cometido por terceiro, pois competia ao Facebook a garantia da proteção dos dados pessoais dos usuários.

[banner_de_paragrafo_2]"Oportuno pontuar que os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas, aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito", pontuou o magistrado.

Entre os dados vazados estavam número de telefone, e-mail, nome, data de nascimento e local de trabalho. Aproximadamente 533 milhões de usuários foram atingidos, em 106 países. Desses, 8.064.916 são brasileiros e, na época do vazamento, tiveram as informações pessoais colocadas à venda por um hacker que cobrou até mais de R$ 1700 pelos materiais.



A Voz da Região / Correio Braziliense

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