Em uma decisão histórica, a Justiça Federal condenou as empresas Samarco Mineração, Vale e BHP Billiton ao pagamento de uma indenização coletiva de R$ 47,6 bilhões. A sentença é referente ao rompimento da barragem do Fundão em Mariana, ocorrido em 2015, que resultou em uma das maiores tragédias ambientais do Brasil.
O desastre causou a morte de 19 pessoas, desabrigou outras 300 e afetou diretamente cerca de 500 mil pessoas. Além disso, mais de 40 milhões de m³ de rejeitos de minério foram despejados no Rio Doce e seus afluentes, causando danos ambientais em uma área de cerca de 32 mil km² e afetando 49 cidades.
A decisão judicial atendeu a um pedido de várias entidades jurídicas. O valor da indenização foi baseado nos gastos já admitidos pelas empresas em ações de reparação e compensação pelos danos causados pelo rompimento da barragem.
Até dezembro de 2023, a Vale afirmou que destinou R$ 34,7 bilhões para a Renova, entidade que gerencia as ações de reparação e compensação pelos danos causados pelo rompimento da barragem. Desse valor, R$ 14,4 bilhões foram usados para pagar indenizações individuais e R$ 2,7 bilhões para Auxílios Financeiros Emergenciais, beneficiando pelo menos 438 mil pessoas.
Estadão