O governo federal não está com pressa para liberar recursos para bases eleitorais de senadores e deputados neste ano.
Articuladores do governo Lula entendem que a liberação de recursos é necessária para garantir em definitivo apoio no Congresso, mas acreditam que ceder a todos os pedidos muito rápido não só descartaria a munição como daria a impressão de fraqueza, o que só faria com que o Centrão aumentasse as exigências.
Como mostrou a coluna, deputados do Centrão estão pedindo R$ 12 milhões em recursos para cada um para apoiar o Executivo nas primeiras votações importantes, o que corresponde a R$ 3,7 bilhões, no mínimo, para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), por exemplo.
Nesta quinta-feira (16/2), reportagem de Thiago Resende e Catia Seabra mostrou que há acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para atender parlamentares novatos, inclusive de oposição.
Há duas pautas importantes para o governo no horizonte: a PEC da reforma tributária e a da mudança da âncora fiscal. Para essas duas matérias, o governo terá que desembolsar recursos "extras", de verba de investimento dos ministérios.
Segundo petistas, a hora de ceder — autorizar o pagamento dos recursos — não é agora. Nas próximas semanas, a agenda da Câmara será definir quais partidos vão controlar quais comissões.
A Voz da Região / Metrópoles