A inflação registrou alta de forma generalizada para todas as faixas de renda em dezembro do ano passado, afirma o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Pelo segundo ano consecutivo, os preços no Brasil ficaram acima do teto fixado pelo governo federal. No entanto, houve uma desaceleração difusa ao longo de todo o ano em relação a 2021. No último mês, o Ipea aponta que os preços subiram 0,62%, mas as famílias com renda mensal de até R$ 900 sentiram a inflação subir acima dessa média, 0,71%. As famílias mais ricas também sofreram com preços mais altos. Para elas, em novembro, os preços estavam em 0,29% e subiram, em dezembro, para 0,50%. As famílias de maior renda para o Ipea são aquela que têm rendimento mensal superior a R$ 9 mil. A alta generalizada tem relação com duas questões principalmente: inflação dos alimentos, que vem resistindo com preços elevados no Brasil, e reajustes dos valores dos planos de saúde. Ainda assim, quando se compara a inflação de 2022 com a de 2021, percebe-se que houve uma desaceleração generalizada por faixa de renda. Em 2021, a inflação, medida pelo IPCA do IBGE, foi de pouco mais de 10% e, em 2022, ficou em pouco mais de 5%. As famílias mais pobres tiveram inflação da média nacional em 2022, 6,35%. O mesmo movimento ocorreu com as famílias mais ricas, que sentiram inflação de 6,83% no ano passado.
A Voz da Região / Jovem Pan