Militares do Distrito Federal estão tentando conter participantes de ato antidemocrático que invadiram o Congresso Nacional na tarde deste domingo (8). Foi usado spray de pimenta e bombas de efeito moral. Vidraças foram destruídas. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras.
De acordo com a Globonews, funcionários do governo que estão sendo ameaçados por bolsonaristas. "Estamos assistindo a nosso Capitólio, por falha de nossa segurança em Brasília", disse o comentarista da emissora Valdo Cruz, em referência à invasão que aconteceu nos EUA, quando Trump perdeu a eleição.
O ministro Flavio Dino já está no Ministério da Justiça e diz que haverá reforços à força policial.
De acordo com a Globonews, o governador do DF, Ibaneis Rocha, pediu a exoneração do sercetário de Segurança Anderson Torres. Torres é bolsonarista e foi ministro da Justiça e Segurança de Jair Bolsonaro.
Policiais foram flagrados pelo Globonews tirando fotos durante a manifestação (reprodução/Globonews) |
A Ordem dos Advogados do Brasil se manifestou e considerou inaceitável a invasão de prédios públicos. Veja abaixo o comunicado da instituição:
"A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considera inaceitável a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes realizados neste domingo.
Além da depredação física, os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira.
Tais atos devem ser repelidos pelas forças de segurança de acordo com as disposições legais. É hora de encerar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país. Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório.
A OAB lembra que as liberdades de expressão e manifestação, protegidas pela Constituição Federal, não incluem permissão para ações violentas nem para atentados contra o Estado Democrático de Direito.
A Ordem acompanhará os desdobramentos do episódio e está pronta para atuar, de acordo com suas incumbências legais e constitucionais, em defesa das instituições republicanas e das prerrogativas de advogadas e advogados que trabalharem nos casos decorrentes dos eventos deste domingo, usando para isso, inclusive, ações judiciais."
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