(Fonte: Wikimedia Commons)
A pílula foi e é extremamente importante. Considerada um dos catalisadores da revolução sexual, fenômeno que se espalhou pelo mundo nas décadas de 1960 e 1970, a pílula surgiu nos Estados Unidos, desenvolvida por Gregory Pincus a pedido de Margaret Sanger, conhecida defensora do controle de natalidade.
Em seus estudos, Pincus notou que a progesterona era eficaz na interrupção da ovulação e usou esse conhecimento para criar uma pílula experimental. Foram quase 10 anos de pesquisa e ensaios clínicos (repletos de controvérsias, diga-se), até que fosse aprovado pela FDA em 1960.
No entanto, os primeiros anos do medicamento foram repletos de efeitos colaterais graves, até que um inquérito resultasse na redução dos níveis hormonais do remédio. Ela gerou grandes mudanças demográficas globais, mas segue sendo questionada por ativistas dos direitos da mulher.
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Criada em 1954 pelo Dr. Leo Sternbach e comercializado após oito anos de pesquisas, o diazepam, geralmente vendido sob o nome comercial de Valium, é um medicamento do grupo benzodiazepinas, utilizado como calmante no tratamento de diferentes condições de saúde.
Pacientes com ansiedade, convulsões e insônia, por exemplo, já se beneficiaram do uso do medicamento. O que ninguém contava é que ele seria o estopim de casos de dependência química. Entre 1969 e 1982, foi o medicamento mais comercializado nos Estados Unidos, graças ao seu preço baixo e o fácil acesso, posteriormente dificultado.
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A penicilina tem uma história bastante conhecida. Foi graças ao trabalho do médico escocês Alexander Fleming que muitas vidas foram salvas, na história que retrata a maior descoberta acidental de algo. Este antibiótico só foi ser produzido e utilizado em larga escala a partir da Segunda Guerra Mundial.
Para nossa infelicidade, seu uso indiscriminado (e de outros, além da penicilina) fez uma espécie de seleção natural, levando ao desenvolvimento de cepas de bactérias resistentes a diferentes tipos de medicamentos.
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Anestésicos foram fundamentais na evolução da medicina, responsáveis por aliviar a dor em situações que envolvessem procedimentos dolorosos, como cirurgias. No final do século XVIII, já haviam pesquisas para o desenvolvimento de um medicamento do gênero, como foi o caso da invenção do óxido nitroso pelo químico inglês Joseph Priestley.
Mas o primeiro remédio anestésico, o clorofórmio, só foi criado no século XIX, quando o químico francês Jean-Baptiste Dumas desenvolveu um gás a base dele capaz de oferecer melhores taxas de recuperação para as cirurgias.
Graças a ele, menos pacientes morreram pelo choque da dor. Em contrapartida, trouxe riscos que nem mesmo os anestésicos modernos foram capazes de contornar, em especial o perigo de suprimir o sistema nervoso.
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Pouca gente sabe, mas até substituir a pólvora como explosivo mais poderoso, a nitroglicerina foi um importante medicamento, usado no tratamento de angina, um tipo de dor no peito causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração.
Todavia, um estudo científico associou o uso da nitroglicerina (e dos medicamentos para os quais ela abriu caminho, como os de controle da pressão arterial) ao aumento das taxas de morte por câncer e outras doenças. Tais remédios foram responsáveis pelo prolongamento da vida das pessoas, que passaram a sofrer de outros problemas. Ironias da vida, hein?
Fonte: A Voz da Região / Mega Furioso