Leila quer quatro reforços, patrocínio fechado e descarta Gabigol: "Palmeiras não é trampolim"

Em entrevista ao ge, presidente detalha planos caso vença eleição no domingo, quer levar time feminino para Barueri, diz que demitiria candidato da oposição e avisa que prepara "last dance"

Por A Voz da Região em 22/11/2024 às 07:49:54

Leila Pereira defende a manutenção de seu trabalho para ser reeleita no Palmeiras. Candidata da situação no pleito marcado para domingo, a presidente explica rejeição a "estrelas do futebol", quer até quatro contratações para 2025, patrocínios fechados e conta bastidores da conversa até a desistência de Gabigol.

– Achei que ficou inviável a proposta. A sensação que eu tinha é que o atleta não queria ir pro Palmeiras. Para negociar, o atleta tem que querer vir, tá? Não vai usar o Palmeiras de trampolim para conseguir negociações melhores – disse a presidente.

Em entrevista ao ge, a candidata da chapa "Palmeiras Campeão" respondeu sobre planos para o departamento de futebol - admitindo poucas saídas -, marketing, finanças, esportes olímpicos, Avanti e Allianz Parque.

Leila rebateu críticas da oposição sobre abuso de poder na campanha, descarta demissões no marketing - alvo de críticas de opositores sobre o diretor Everaldo Coelho - e revelou mudanças projetadas, como a climatização das piscinas do clube e a vinda do futebol feminino para Barueri, com estádio e centro de treinamento - atualmente localizados em Jundiaí e Vinhedo.

– Quando digo estrela, são atletas que o foco deles não é naquele dia a dia. Não quero jogador que tenha uma vida paralela, que viva em festas, isso não combina com o atleta, sabe? Esse negócio que vende camisa é conversa fiada. Pode vender camisa até no primeiro, segundo mês. Depois, se o time não conquista nada, acabou a venda – afirma.

Chapa "Palmeiras Campeão" - nº 100

  • Presidente: Leila Pereira
  • 1º vice: Maria Teresa Bellangero
  • 2º vice: Paulo Buosi
  • 3º vice: Everaldo Coelho
  • 4º vice: Márcio Martin

O ge publicou na quarta-feira a entrevista com Savério Orlandi, da chapa "Palmeiras Minha Vida É Você". Os dois disputam os votos dos sócios e sócias na assembleia geral, que acontecerá das 9h às 17h de domingo. Quem vencer, comandará o Verdão até o fim de 2027.

Confira abaixo a entrevista com Leila Pereira:

ge: Qual seria a principal novidade que você gostaria de trazer para esse próximo triênio, caso seja reeleita?

Leila: – Nossa trajetória foi muito vitoriosa, e isso se deu em virtude da continuidade do trabalho, dos atletas e eu os mantive com nossa comissão técnica. Esse é o segredo do nosso sucesso. Em todas as janelas a gente sempre tenta melhorar nosso elenco. Nosso departamento de scout faz o trabalho de busca daquilo que o Abel necessita e é isso que vamos continuar fazendo. – Para o ano que vem, a mesma coisa. Os pedidos do nosso treinador não são muitos, são três, quatro jogadores no máximo. E vamos continuar com a nossa espinha dorsal.

ge: Seu intuito é ter em 2025 praticamente o mesmo elenco que está hoje?

Leila: – O mesmo, mas com mais três ou quatro atletas.

ge: É possível esperar saídas?

Leila: – Sim, pode ser que sim. Desde que esteja dentro do planejamento do nosso treinador, uma proposta interessante para o atleta e propostas interessantes para o Palmeiras. Mas se sair alguém, é muito pouco. Eu estou precisando contratar. Fortalecer ainda mais o nosso elenco.

ge: Um dos principais nomes nesse cenário foi o Gabigol. Sei que houve uma conversa e terminou não avançando. Mas agora, que ele anunciou não ficar mais no Flamengo, por que vocês não foram atrás novamente?

Leila: – Não fomos atrás dele novamente. Nosso diretor de futebol conversou bastante com o empresário, fizemos propostas e a coisa não andou bem. Eram valores muito fora da realidade do Palmeiras. Nós seguimos sempre uma linha, temos atletas fantásticos lutando conosco há tanto tempo, costumo dizer que a grande estrela do Palmeiras é o elenco, e achei que ficou inviável a proposta do atleta. Não caberia pro Palmeiras.

– Se eu fosse comparar os compromissos que tenho com meus atletas e o que eu teria que fazer com o Gabriel, ficou uma coisa totalmente incompatível e outra coisa, as negociações demoraram muito.

– Eu tive a impressão que poderia ser, que já aconteceu outras vezes aqui, que essa negociação com o Palmeiras servisse de leilão para outros clubes e o Palmeirasnão se presta a isso.

– Se o atleta quer vir, a gente senta e resolve com rapidez. Eu não gosto de novela para contratar, então eu terminei o capítulo dessas novelas. Nós gostaríamos sim de ter tido a oportunidade de trabalhar com esse jogador, que é um grande jogador. Mas as condições financeiras, a forma que foi se encaminhando a negociação, eu não gostei e pedi pra encerrar.

ge: Acha que, da parte dele ou dos empresários, de repente poderiam ter lidado com a situação de uma forma diferente ou melhor?

Leila: – Não, eu acho que deveria ter sido feita a negociação, mas com mais rapidez. Entendi que estava se prolongando demais. E aí a sensação que eu tinha é que o atleta não queria ir pro Palmeiras. A sensação que eu tinha era que o empresário estava utilizando o Palmeiraspara conseguir coisas melhores para o atleta. E eu não vou me prestar a isso. Então pedi para encerrar.

ge: Qual foi o momento em que bateu essa sensação de "Isso não vai pra frente, é melhor parar"?

Leila: – Foi um mês ou dois depois da data em si, não lembro. Mas houve uma negociação, eu queria assinar um pré-contrato, mas dentro dos termos viáveis para o Palmeiras. E aí o empresário dizia que não naquele momento, que teria que esperar mais um pouco, então tudo tem um limite.

– E aí eu pedi pra encerrar, porque essas negociações sempre começam com o meu diretor de futebol e terminam comigo. E eu sou muito objetiva. Se vejo, sinto, por isso que digo que é feeling, porque feeling você usa nos seus negócios, você tem que saber a hora de parar.

ge: Qual foi o momento em que bateu essa sensação de "Isso não vai pra frente, é melhor parar"?

Leila: – Foi um mês ou dois depois da data em si, não lembro. Mas houve uma negociação, eu queria assinar um pré-contrato, mas dentro dos termos viáveis para o Palmeiras. E aí o empresário dizia que não naquele momento, que teria que esperar mais um pouco, então tudo tem um limite.

– E aí eu pedi pra encerrar, porque essas negociações sempre começam com o meu diretor de futebol e terminam comigo. E eu sou muito objetiva. Se vejo, sinto, por isso que digo que é feeling, porque feeling você usa nos seus negócios, você tem que saber a hora de parar.

Fonte: Globo Esporte

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