Referência em ensino ao longo dos seus 70 anos de história, a Escola Bahiana Medicina e Saúde Pública se tornou, nos últimos quatro anos, o melhor lugar para trabalhar em todo o estado. A consagração veio mais uma vez através da pesquisa Melhores Empresas GPTW Bahia 2022, levantamento que, desde 2013, identifica as organizações que têm empenhado esforços para melhorar o ambiente de atuação de quem faz os negócios acontecerem: os colaboradores.
Fundada em 31 de maio de 1952, a Bahiana nasceu quando a primeira escola de medicina do Brasil, criada em 1808, foi transferida do Hospital Santa Izabel para as novas instalações da Universidade Federal da Bahia, abrindo assim um espaço físico adequado para a instalação de um segundo curso de medicina em Salvador. Ao longo do tempo, a escola se tornou referência também em assistência, em programas de extensão, em pesquisa e inovação, com contribuições relevantes à saúde da população baiana.
Atualmente com cerca de 1.400 colaboradores em seu quadro funcional, a Bahiana tem como principal diferencial no ambiente de gestão de recursos humanos, o olhar humanizado sobre as relações entre seus colaboradores. É o que aponta a gerente de Pessoas e Aprendizagem da instituição, Telma Bastos: "O que caracteriza a instituição em suas relações é a verdade, a transparência e o cuidado com as pessoas. Sabemos que as organizações precisam de resultados, mas quem leva aos resultados são as pessoas", diz.
"Nós fazemos uma escuta atenta para que possamos perceber as necessidades do outro e acolher essas necessidades e, dentro do possível, poder promover as alternativas para que a pessoa tenha suas possibilidades de vida, seja dentro da instituição, na carreira ou na vida pessoal"_ Telma Bastos, gerente de Pessoas e Aprendizagem da Escola Bahiana Medicina e Saúde Pública
A própria relação com a pesquisa realizada pela Great Place to Work, segundo Telma, tem sido um elemento de importante reflexão sobre estratégias para melhorar o ambiente interno da instituição. A realização anual do workshop de clima é a oportunidade que a gestão busca para ouvir atentamente as demandas dos colaboradores e reavaliar processos. "Desde que começamos a participar da pesquisa em 2013, tivemos a oportunidade de reconhecer nossa natureza e desenvolver um olhar colaborativo. Não fomentamos a competitividade interna no sentido de interações negativas. Construímos os nossos fazeres com objetivo do crescimento coletivo", comenta a executiva.
Exemplo da busca pelo desenvolvimento dos colaboradores é o estímulo ao crescimento dentro da própria organização. De acordo com a gerente de pessoas e aprendizagem, 78% das vagas abertas são ocupadas internamente através de programas de desenvolvimento individuais, direcionando os funcionários para ascensão de carreira. "Temos um programa de jovens aprendizes que uma boa parte é efetivada na empresa ou (estão) saem bem-preparados para o mercado. Nossa missão principal é focar no desenvolvimento e crescimento da equipe", destaca.
Prestes a ser efetivado, Gabriel Almeida é jovem aprendiz na área de suporte técnico da Bahiana desde 2020 e se considera um colaborador feliz em fazer parte do quadro da instituição, principalmente por conta do ambiente positivo entre os colegas e por se sentir constantemente estimulado a crescer. "As pessoas aqui, além de serem profissionais de excelência, têm um lado muito humano no acolhimento. Nos ajudam quando sentem que temos alguma dificuldade e se colocam disponíveis até mesmo quando precisamos tratar algo pessoal", diz. "Também sinto esse estímulo ao meu desenvolvimento através dos treinamentos que são promovidos, dos projetos visando o futuro, mas não no sentido de uma produtividade mecânica e sim de despertar em nós um olhar mais sensível sobre como nosso trabalho impacta as pessoas", completa.
Propósito
Colaborador da Bahiana há 25 anos, o professor Luiz Queiroz afirma que a sensação de preocupação da instituição com o bem-estar das pessoas é uma característica que contagia toda a comunidade formada por alunos e colaboradores. "Em termos de missão e valores, não há diferenciação entre o que a instituição escreve e faz. Nos últimos anos, principalmente, temos vivido uma transformação em termos de objetivos, respeito, em ter boa vontade e cuidado pelo outro", explica. "Servir à comunidade traz para todos nós a sensação de estar cumprindo uma missão nobre. De que fazemos parte da formação de lideranças. O investimento no recurso humano sempre traz um incentivo muito grande para quem faz parte daqui", conta.
O trabalho para criar líderes, segundo Telma, também é representativo para o sucesso da instituição. O equilíbrio entre características como competências profissionais e habilidade interpessoal, para que os líderes sejam protagonistas daquele ambiente, é um projeto que vem sendo estimulado há muito tempo. "Promovemos a escuta ativa e a empatia, sempre sensibilizando e conscientizando as pessoas da necessidade de ser empático, para ouvir, entender, compreender para depois agir, então, quando saímos de um lugar reativo, temos uma grande chance de nos entender melhor", afirma.
A Voz da Região / Correio24horas