O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) promoveu, na manhã desta quinta-feira (28), uma roda de conversa sobre vigilância e controle da doença de Chagas em Salvador e na Bahia. Abril é considerado o mês de combate à doença de Chagas.
A atividade realizada nesta quinta integra a programação do Calendário de Zoonoses promovida pela gestão da Saúde na capital baiana. O encontro contou com as palestras de Cristiane Medeiros, técnica da Divisão Epidemiológica (Divep), da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab); e da subcoordenadora de Ações Básicas do CCZ, Eliaci Couto, que traçaram um panorama da doença.
De acordo com Lucrécia Lopes, chefe do setor de Controle de Vetores e Animais Peçonhentos do CCZ, a ação é parte das estratégias do órgão para manter o controle da doença em Salvador. "Quanto maior o conhecimento acerca da doença de Chagas, mais preparados ficam os agentes para manter o controle da doença em nossa cidade. Isso porque levamos informações para comunidades através do trabalho realizado diariamente, envolvendo diversos setores. As palestras foram de grande relevância e os participantes irão compartilhar os aprendizados", afirmou.
Participaram ainda da ação Marta Rocha, chefe do setor de Agravos da Vigilância Epidemiológica (Viep); Péricles Pires Pereira Filho, chefe do setor de Educação e Mobilização Social, técnicos de demais setores e agentes de endemias do CCZ, e representantes dos Distritos Sanitários (DSs) Cabula, Pau da Lima e Barra/Rio Vermelho.
A Doença de Chagas é uma infecção generalizada, parasitária, de caráter eminentemente crônico, causada pelo protozoário da espécie Trypanosoma cruzi (agente etiológico) e transmitida ao ser humano por insetos (vetores), conhecidos popularmente como barbeiros.
O contágio se dá pelas fezes que o barbeiro deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada.
Além disso, o T. cruzi contido nas fezes do barbeiro podem penetrar no organismo humano através da mucosa da boca, olhos e nariz; cortes e feridas recentes na pele; transfusão de sangue de pessoa contaminada; transmissão de mãe contaminada para o filho (através da placenta), manipulação de carne contaminada ou, ainda, acidentalmente em laboratórios.
Dentre os sintomas na fase aguda estão mal estar, falta de apetite, aumento do baço e distúrbios cardíacos. Na fase crônica, a doença pode prosseguir ativamente, atingindo principalmente o coração e o aparelho digestivo, podendo resultar na morte do paciente.