Prévia da inflação perde força, mas é a maior para maio desde 2016

Mesmo com a desaceleração, alta de 0,59% mantém IPCA-15 em nível três vezes acima da meta para os últimos 12 meses, diz IBGE

Por A Voz da Região em 24/05/2022 às 10:06:06

Depois de registrar a maior variação para o mês de abril em 27 anos (+1,7%), a prévia da inflação oficial desacelerou em maio ao avançar 0,59%, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a variação, a maior para o mês de maio desde 2016 (+0,86%), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15) acumula alta de 4,93% em 2022. Nos últimos 12 meses, o salto dos preços é de 12,2%, patamar mais de três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano.

Diante da série de altas, o BC (Banco Central) já admite que os índices oficiais de preços vão superar meta estabelecida pelo CVM (Conselho Monetário Nacional) para a inflação em 2022, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%), pelo segundo ano consecutivo.

No mês, o maior impacto positivo do índice partiu do grupo dos transportes (+1,8%). Ainda que o resultado represente uma desaceleração em relação a abril (+3,4%), a maior contribuição partiu do item passagens aéreas (+18,4%), cujos preços subiram pelo segundo mês consecutivo.

Os combustíveis (+2,05%) também seguem em alta, embora a variação tenha sido inferior à registrada em abril (+7,5%). Entre os destaques figuram os aumentos da gasolina (+1,2%) e do etanol (+7,8%). Também merece destaque o seguro de veículo (+3,5%), que já acumula 18,2% somente neste ano.

Também aparecem entre as maiores altas do grupo o preço do táxi (+5,9%), alta influenciada pelos reajustes de 41,5% nas tarifas em São Paulo e de 14,1% em Fortaleza. No Rio de Janeiro, o reajuste de 12,07% passagens de metrô fez com que o subitem subisse 2,2%. Já a variação do ônibus urbano (+0,17%) foi puxada pelo reajuste de 11,11% no preço das passagens em Belém.

Alimentos

O grupo de alimentação e bebidas também apresentou alta em ritmo menos neste mês, de 1,5%, ante salto de 2,25% apurado em abril. A maior influência do período foi dos itens para consumo no domicílio (+1,7%).

Entre os itens com as maiores altas, o leite longa vida (8%) e a batata-inglesa (+16,8%) representaram os maiores impactos. Ainda houve alta na cebola (+14,8%) e no pão francês (+3,8%), Por outro lado, as frutas (-2,5%), o tomate (-11%) e a cenoura (-16,2%) registraram quedas.

Já a alimentação fora do domicílio acelerou na passagem abril (+0,3%) para maio (1%), principalmente por conta do lanche, que teve alta de 1,9% contra 0,07% no mês passado. Já refeição (+0,5%) apresentou resultado mais próximo ao registrado em abril (+0,45%).


Fonte: A Voz da Região / R7.com

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