Relatora da CPI dos Atos Golpistas pede indiciamento de Bolsonaro por 4 crimes; veja quais

AlĂ©m do ex-presidente, cinco ex-ministros tambĂ©m são alvos de pedidos de indiciamento no relatório final da CPI. Se aprovado, texto serĂĄ enviado a órgãos de investigação, como o MinistĂ©rio PĂșblico.

Por A voz da Região em 17/10/2023 às 14:26:44

A relatora da CPI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes, entre eles, golpe de Estado.

O relatório final da comissão, apresentado nesta terça-feira (17), também pede o indiciamento de cinco ex-ministros do governo Bolsonaro (veja mais abaixo).

Após a apresentação, o relatório da senadora deve ser votado na CPI quarta-feira (18). Se aprovado, ele serĂĄ enviado a diversos órgãos que avaliam e decidem pela apresentação, ou não, de denĂșncias baseadas no documento.

Entre as instituições para as quais o documento é encaminhado estão órgãos policiais, o Ministério PĂșblico e a Advocacia-Geral da União (AGU).

No texto, a senadora afirma que Bolsonaro "tem responsabilidade direta, como mentor moral, por grande parte dos ataques perpetrados a todas as figuras republicanas que impusessem qualquer tipo de empecilho à sua empreitada golpista".

Ainda de acordo com Eliziane, o ex-presidente e "todos que o cercam [...] compreendiam a violĂȘncia e o alcance das manifestações. Frequentavam os mesmos grupos nas redes sociais. Estimulavam e alimentavam a rebeldia e a insatisfação. Punham deliberadamente mais lenha na fogueira que eles mesmos haviam acendido".

Quanto aos ex-ministros, a relatora afirma que eles aderiram "subjetivamente às condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indivĂ­duos em seu entorno, colaborando decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023".

. Associação criminosa;

.Tentativa de abolição violenta do Estado DemocrĂĄtico de Direito;

.golpe de Estado;

e emprego de medidas para impedir o livre exercĂ­cio de direitos polĂ­ticos.

Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 29 anos de prisão.

Fonte: G1

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