Os sinais de que um paciente desenvolverá Alzheimer começam a aparecer no cérebro cerca de 25 anos antes dos primeiros sintomas. Apesar de não terem causa definida, existem ao menos dez atitudes que, se colocadas em prática o quanto antes, ajudam a prevenir o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. O Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, celebrado nesta quinta-feira (21), chama atenção para esses fatores.
O Alzheimer, cuja expressão mais conhecida são os esquecimentos sistemáticos, é causado pela perda progressiva de neurônios a partir do acúmulo de duas proteínas (tau e beta-amiloide) no cérebro. O Ministério da Saúde estima que existam 1,2 milhão de casos no Brasil, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. No mundo, são cerca de 35,6 milhões. Os sintomas ligados à memória e lucidez costumam afetar idosos a partir dos 65 anos.
"Tão importante quanto falar da doença já instalada, é falar sobre os fatores de riscos e sobre a prevenção. Hoje sabemos da importância de se ter uma vida saudável em todos os sentidos, tanto da alimentação e da atividade física, como nas questões da saúde mental", afirma Beila Carvalho, gerontóloga e diretora da Associação Bahiana de Parkinson e Alzheimer (ABaPaz).
Não há cura para o Alzheimer e os medicamentos disponíveis aliviam os sintomas e ajudam os pacientes a terem uma maior qualidade de vida. Estudos recentes publicados em revistas científicas consagradas alertam para a importância do estilo de vida saudável para evitar o desenvolvimento de demências. "Tudo que é bom para o coração, também vale para o cérebro", pontua o médico Leonardo Oliva, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
A estimulação cognitiva é importante para o treino das funções cerebrais já comprometidas e também ajuda a controlar os sintomas da doença. Aprender um novo idioma ou instrumento, fazer palavras cruzadas e ter o hábito da leitura são formas de estimular o cérebro.
Fonte: A Tarde93