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CUIDADO MULHER

Especialista alerta sobre cuidados com o Lúpus; doença acomete mais o público feminino

De acordo com a médica, é fundamental que a pessoa não fique exposta ao sol, caso necessário, sempre utilizar proteção UV.


Foto: Marcelo Casall Jr/Agência Brasil

Nesta quarta-feira, dia 10 de maio, é celebrado o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus ou Dia Mundial do Lúpus, uma doença complexa e de difícil diagnóstico que se caracteriza como genética, mas não hereditária.

No Brasil, estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros tenham a doença, que não possui cura, mas pode ser controlada de modo a manter a qualidade de vida do paciente.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a médica reumatologista Ana Luísa Cerqueira descreveu o processo da doença.

"O lúpus é uma doença autoimune, a gente tem um sistema imunológico que basicamente vai proteger o nosso corpo contra infecções, contra o vírus, contra bactérias, contra invasores externos, só que por alguns mecanismos, por alguns defeitos no sistema imunológico, as pessoas que têm uma doença autoimune, não só lúpus, o sistema começa a atacar o nosso próprio corpo e uma das principais características do lúpus, é que ela é uma doença que não tem um perfil muito individual, cada paciente que tem lúpus, tem uma doença muito diferente. Tem muitos pacientes que me perguntam "doutora por que que eu tenho lúpus grave? Por que que meu lúpus precisa de medicações fortes, enquanto que a minha prima, a minha vizinha que tem lúpus faz uso de medicações mais leves?" Porque cada paciente manifesta o lúpus de uma forma diferente", explicou.

Quais são os sintomas do lúpus?

Segundo a reumatologista, por se tratar de uma doença que atinge as pessoas de maneira diferente, não há como definir um padrão único, mas no geral, os pacientes apresentam muita febre.

Foto: Arquivo Pessoal

"O lúpus não é uma doença que segue uma receita de bolo, cada pessoa apresenta de uma forma diferente, mas tem uns órgãos do corpo que são mais afetados. A gente tem alguns sintomas que são mais comuns como a febre, as pessoas podem apresentar alterações de peso, é comum que o paciente com lúpus no início da doença, quando ele está mais inflamado, quando ele está mais atacado, ele pode ter uma perda de peso e depois ele pode ter ganho de peso e às vezes por problemas nos rins. Outra coisa também que é muito comum de acontecer, são as dores articulares, inchaço nas mãos, nos joelhos, nos punhos são manifestações bem comuns, alterações de pele também são bem frequentes no lúpus, como uma vermelhidão no rosto, tem outras partes do corpo mas podem chegar até feridas mais profundas", disse.

A doença atinge que tipo de público?

De acordo com a médica Ana Luísa Cerqueira, as mulheres entre 15 e 45 anos, são as pacientes mais acometidas com a doença.

Orientações para os pacientes acometidos pelo lúpus

Segundo a médica reumatologista, um dos principais cuidados que se deve ter, é a não exposição à luz solar.

"A mulher em questão que tem lúpus e faz um acompanhamento regular, ela pode ter uma vida, eu diria que 100% normal porque ela precisa tomar alguns cuidados. Exames regulares, visitas médicas, tomar cuidado com a exposição do sol, use protetor solar, proteção de camisa UV, evitar consumo de álcool, tabagismo, controlar o estresse, praticar exercício físico de forma regular. Existem também outros cuidados específicos, quando se trata de gestação. É importante que esta mulher se planeje, a paciente com lúpus não pode correr o risco de engravidar sem o planejamento, pois alguns remédios que são utilizados, podem fazer mal para o bebê e geralmente, elas precisam aguardar um período para que a doença possa ficar mais tranquila e sempre consultar o médico", destacou.

Lúpus tem cura?

Ainda não é possível dizer que a doença tem uma cura, mas o paciente pode realizar um tratamento para melhorar a condição da saúde.

"Hoje a gente ainda não tem uma cura para o lúpus, mas a gente tem vários tratamentos que podem ajudar a prevenir os sintomas e dar uma qualidade de vida, tentar ao máximo trazer uma normalidade para a vida deste paciente. A gente possui algumas medicações que chamamos de chaves, como a hidroxicloroquina, uma medicação que ajuda em alguns sintomas na questão das dores musculares e pode ajudar no cansaço. Além desse medicamento, também fazemos o uso do corticoide, mas infelizmente existem pacientes que amam e outros que odeiam, mas não deve ser utilizado sem acompanhamento médico porque pode trazer efeitos colaterais como prejudicar os ossos, trazer inchaços, aumentar o apetite, alterar a pressão e o açúcar e por isso, não devem ser tomados por conta própria", concluiu.

A cantora feirense Paula Sanffer foi diagnosticada com lúpus no ano de 2013. No episódio do podcast #81 do Escuto Cá Entre Nós, a artista contou como precisou conviver com a doença e como transformou seus medos em força.





avozdaregiao/ acordacidade.com.br

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