CFM proĂ­be a prescrição mĂ©dica de "chip da beleza" e outras terapias hormonais com fins estĂ©ticos

Por A VOZ DA REGIÃO em 11/04/2023 às 10:13:08
Foto: Reprodução / UOL

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgĂȘnicos e anabolizantes (EAA) com finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora do desempenho esportivo, seja para atletas amadores ou profissionais. A resolução que formaliza a medida foi publicada no no DiĂĄrio Oficial da União (DOU) desta terça-feira (11).

A decisão, de acordo com a entidade médica, foi tomada considerando a inexistĂȘncia de comprovação cientĂ­fica suficiente que sustente o benefĂ­cio de tais produtos e a segurança do paciente.

"O uso indiscriminado de terapias hormonais com EAA, incluindo a gestrinona, com objetivos estéticos ou para o ganho de desempenho esportivo, é hoje uma preocupação crescente na medicina e para a saĂșde pĂșblica, uma vez que, de acordo com as mais recentes evidĂȘncias cientĂ­ficas, não existem benefĂ­cios notórios que justifiquem o aumento exponencial do risco de danos possivelmente permanentes ao corpo humano em diferentes órgãos e sistemas com sua utilização", alerta a relatora e conselheira federal Annelise Menegusso.

O CFM também chamou a atenção para os riscos potenciais do uso de doses inadequadas de hormônios e a possibilidade de efeitos colaterais danosos ainda que com o uso de doses terapĂȘuticas, especialmente em casos de deficiĂȘncia hormonal não diagnosticada apropriadamente, seguindo diretrizes e recomendações em vigor.

Dentre os efeitos adversos possĂ­veis, estão os cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardĂ­aca, hipertensão arterial sistĂȘmica e infarto agudo do miocĂĄrdio, aterosclerose, estado de hipercoagulabilidade, aumento da trombogĂȘnese e vasoespasmo, doenças hepĂĄticas como hepatite medicamentosa, insuficiĂȘncia hepĂĄtica aguda e carcinoma hepatocelular, transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão e dependĂȘncia, além de distĂșrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e diminuição de libido.



Fonte: A Voz da Região / Bahia NotĂ­cias

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