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A MAIORIA REJEITA O SOBRENOME

Apenas 8% das baianas adotam o sobrenome dos maridos

Em dez anos, houve redução de 85%; obrigatoriedade deixou de existir há 20 anos e hoje 92% rejeitam prática


A tradição da mulher adicionar o sobrenome do marido após o casamento tem raízes no machismo estrutural. Até 1977, elas tinham a obrigação de carregar o nome dele para mostrar que dali em diante "pertenciam" a esse parceiro. Depois, passou a ser facultativo. Em dez anos, a quantidade de mulheres que escolheu mudar o nome despencou em mais de 85% na Bahia. Em 2022, apenas 8% adicionaram o nome dos parceiros - 92% recusam a prática.

Usar o sobrenome do marido sempre foi desejo da professora e assessora jurídica Solange Barreto, 29. "Foi um gesto simbólico", conta ela, que casou em 2021. A escolha de Solange, no entanto, tem se tornado cada vez mais rara, como indicam os dados da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen).



A Voz da Região / Correio24Horas

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