O primeiro carnaval desde o começo da pandemia de covid-19, em 2020, será de recuperação para o turismo do país, principalmente para o setor de bares e restaurantes. As projeções são otimistas. O Ministério do Turismo espera que a festa leve 46 milhões de pessoas às ruas neste ano, com o setor do turismo faturando mais de R$ 8,2 bilhões, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A cifra representa um aumento de 26,9% em relação ao contabilizado em 2022.
O levantamento da CNC mostra que a maior parte da receita deve ser gerada por bares e restaurantes, com movimentação de R$ 3,63 bilhões; transporte de passageiros, com R$ 2,35 bilhões; e serviços de hotelaria e hospedagem, com R$ 890 milhões, entre outras atividades.
O setor de bares e restaurantes espera faturar 30% a mais que no mesmo período do ano passado, como informa a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O movimento deverá crescer por todo Brasil, com destaque para Recife (PE), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), tradicionais destinos turísticos durante a festa.
"O início de 2022 foi marcado pela onda da variante ômicron, o que afetou a realização de diversos eventos, incluindo as festas de carnaval. Algumas cidades só conseguiram realizar suas festividades fora de época, como o Rio de Janeiro, que realizou o desfile das escolas de samba no fim de abril. Este ano, sem restrições, esperamos aumento tanto no movimento quanto no faturamento", afirmou Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Para Beto Pinheiro, presidente da Abrasel DF, existe uma demanda reprimida devido aos dois últimos anos de pandemia. "Já notamos um maior movimento de público, que quer aproveitar os dias de feriado para se divertir ou simplesmente encontrar amigos, e os bares e restaurantes são escolhas naturais."
Na capital carioca, é esperada uma movimentação econômica de R$ 4,5 bilhões, segundo o levantamento Carnaval de Dados, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). A marca representa uma elevação de 12,5% em relação a 2020, último carnaval aos moldes tradicionais, antes da pandemia. Só os blocos de rua deverão ser responsáveis por R$ 1,2 bilhão deste montante, 20% a mais que em 2020.
Fonte: A Voz da Região / Correio Braziliense