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Morte infantil na Bahia

Pneumonia vira maior causa de morte infantil na Bahia

Taxa de mortalidade saltou para 341% de 2021 para 2022


(Shutterstock)

Dor no peito, tosse carregada e catarro espesso, sintomas comuns à gripe, também podem evoluir rapidamente para um quadro mais grave, como a pneumonia, doença que se tornou, em 2022, a mais letal para crianças na Bahia. Dados coletados junto à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) mostram que houve um aumento de 341% nas mortes pediátricas em decorrência da infecção, no ano passado, quando comparado a 2021.

Ao todo, 53 crianças entre 1 a 4 anos morreram entre janeiro e dezembro de 2022 por pneumonia. O total representa 13,1% dos 405 óbitos registrados para essa faixa etária ao longo do ano. No mesmo período, em 2021, o estado registrou 12 mortes pela doença pulmona. No ano retrasado, a principal causa de mortes infantis foi a "doença por vírus".

Para o imunologista pediátrico Celso Sant"Ana, a alta letalidade da pneumonia entre os pacientes mirins é resultado, sobretudo, do retorno da socialização após dois anos de isolamento, período em que as crianças tiveram aulas remotas. Ele explica que durante a quarentena não houve superexposição a bactérias devido ao menor convívio com outras pessoas. O retorno do contato contínuo propicia aumento da transmissão de doenças, ainda mais para um público que tem o sistema imunológico mais frágil.

"Tenho visto isso, em termos de emergência, como se fosse consequência da explosão de casos de virose no período de abril para cá. Na pandemia, as crianças ficaram em casa e praticamente não houve essa superexposição de quando vão para o colégio", associa.



A Voz da Região / Correio24Horas

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