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POBRE EDUCAÇÃO

UFBA tem novo corte de verbas milionário e orçamento chega a queda inédita; entenda

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) emitiu nota na noite da última terça-feira (6) informando ter sofrido um novo bloqueio de verbas por parte do governo federal


A Universidade Federal da Bahia (Ufba) emitiu nota na noite da última terça-feira (6) informando ter sofrido um novo bloqueio de verbas por parte do governo federal e sua queda orçamentária atingiu patamar inédito em quase uma década.

Segundo a Ufba, os cortes impostos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) farão com que a Universidade encerre 2022 "com a menor disponibilidade de recursos discricionários desde o ano de 2014 - submetida, consequentemente, a um dos mais adversos cenários orçamentários de sua história recente".

Em junho, a Ufba já havia sofrido um corte de R$12,8 milhões. Agora, neste mês de dezembro, veio um bloqueio orçamentário de mais R$6,6 milhões. Em nota, a Universidade baiana afirmou que vai fechar o ano executando R$ 127,7 milhões em recursos de custeio, aqueles que são voltados a despesas básicas, como bolsas e benefícios da assistência estudantil, água, energia elétrica, segurança, limpeza e manutenção predial.



"Claramente insuficiente para fazer frente às despesas de uma instituição do porte da UFBA, esta cifra, em valores nominais, é R$ 15,4 milhões inferior ao orçamento de oito anos atrás, quando a Universidade tinha cerca de 15% menos estudantes, servidores e área construída", diz a Ufba em nota.

"Além dos recursos de custeio, a UFBA também sofreu bloqueio de recursos de capital (para obras e equipamentos) de R$ 3,4 milhões, além de R$ 7,9 milhões bloqueados em receitas próprias - algo inédito. Os valores das emendas parlamentares não foram afetados", completa a publicação.

Em 2016, a Ufba teve o maior orçamento de sua história. Quando comparado com esse pico, o valor disponível para a Universidade é R$ 110,6 milhões menor, considerada a correção inflacionária correspondente ao período.

Os gastos previstos para 2023 giram em torno de R$ 133,5 milhões. São necessárias cifras em torno de R$ 104 milhões a mais (78% além do previsto) apenas para repor o orçamento de custeio aos níveis de 2016.

A Ufba classificou a atual gestão federal como um ciclo que despreza a Educação e Universidade Pública, assim como a ciência, cultura e artes.

A Voz da Região / bereunews.com

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