Com vacinas, Bahia passa por 'quarta onda' da Covid-19 com nĂșmeros muito mais baixos

Por A Voz da Região em 24/09/2022 às 08:16:10
Foto: Paula Fróes / GOVBA

Foto: Paula Fróes / GOVBA

Quando a Bahia enfrentou a chamada primeira onda da Covid-19, ainda em 2020, pouco se sabia sobre a doença e sobre qual seria o futuro do planeta. O clima de insegurança e medo ainda pairava quando se chegou ao pico de 2.158 mortes pela doença em julho, ainda consequĂȘncia de um momento em que as pessoas não sabiam como se proteger - ou não levavam a sério seus impactos. Mais de 2 anos e milhões de vacinas depois, o cenĂĄrio é completamente diferente, e muitos nem notaram que os baianos passaram por uma quarta onda do vĂ­rus.

A reconhecida segunda onda chegou por aqui em meio ao otimismo com a distribuição de imunizantes. Apesar de apenas idosos e pessoas do grupo de risco terem conseguido a injeção nos primeiros meses de 2021, muitos consideravam que o jogo estava mudando. Essa crença aliada ao verão brasileiro e ao relaxamento das medidas de distanciamento fez com que os baianos vissem o pior mĂȘs da pandemia em nosso território: em março de 2021, 3.521 pessoas perderam a vida para a Covid-19 no estado. O mĂȘs registrou o pico de 89% de ocupação de UTIs, em meio a um trabalho do governo da Bahia para reabrir leitos e evitar cenĂĄrios trĂĄgicos como registrados em Manaus, quando pessoas morreram por falta de oxigĂȘnio (relembre aqui e aqui).

O ano de 2022 chegou com a esperança de melhores notĂ­cias, após meses seguidos com menos de 250 mortes registradas. Mas o ânimo das festas de réveillon e o descumprimento da exigĂȘncia de vacinas fez o sonho de um carnaval, mesmo que indoor, acabar às vésperas da folia (relembre aqui). E foi exatamente em fevereiro que as famĂ­lias baianas lidaram com mais um pico da doença: a "terceira onda" chegou ao mĂĄximo de 1.274 mortes ocorridas nos 28 dias do mĂȘs.

Com a aplicação das doses de reforço, e em um cenĂĄrio de praticamente retorno à normalidade, os nĂșmeros voltaram a crescer, mas em nĂșmeros que jĂĄ não assustaram os baianos ou as autoridades. Em julho, de acordo com dados da Secretaria Estadual de SaĂșde (Sesab), foram 433 óbitos causados pelo vĂ­rus, após sucessivos aumentos. Porém, os casos jĂĄ voltam a cair: até o momento, a pasta só confirmou 9 mortes pela doença ocorridas em setembro deste ano.

O nĂșmero de casos ativos no estado também ficou abaixo de 700 por 21 dias em setembro, o que também aponta para um controle maior da doença.


PERFIL DAS VÍTIMAS DA COVID-19
Em meio ao aumento no nĂșmero de casos e óbitos em decorrĂȘncia da Covid-19 no mĂȘs de agosto na Bahia, a secretĂĄria da SaĂșde do Estado, Adélia Pinheiro, atribuiu o crescimento ao diagnóstico de casos em junho e julho (veja aqui). Questionada pelo Bahia NotĂ­cias, a titular da Sesab destacou a importância de concluir o ciclo vacinal contra a doença.

Ainda assim, o perfil das vĂ­timas é bem diferente do que o visto no inĂ­cio da pandemia. "A maior parte desses óbitos teve ocorrĂȘncia na população de idosos e pessoas sem vacinação completa. E aĂ­ eu chego no principal diĂĄlogo nesse momento sobre Covid: a nossa rede de assistĂȘncia e todas as ações de enfrentamento permanecem em alerta. Acompanhamos diariamente nĂșmero de leitos, pacientes internados, demandas de internamento e temos toda rede de vacinação atenta e com material para fazer vacinação. A nossa principal estratégia para evitar o agravamento dos casos é a vacina", acrescentou.

VACINAÇÃO NA BAHIA
Apesar da boa resposta entre os adultos, a vacinação ainda estĂĄ muito abaixo do esperado entre as crianças de 3 e 4 anos.

A Ășltima faixa a ser incluĂ­da, em 19 de julho deste ano, tem apenas 11,6% de proteção com a primeira dose.

Porém, o nĂșmero salta para 70,66% quando se considera crianças entre 5 e 11 anos, e 91,55% com a primeira dose entre aqueles acima de 12 anos.

Ainda assim, a busca pelas doses de reforço reduziu gradativamente. Com a segunda dose, o Ă­ndice entre os baianos vai a 84,97%; passando para 57,35% com a terceira e 39% com a quarta.


Fonte: A Voz da Região / Bahia NotĂ­cias

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