A estrutura desses pneus é diferente da usada nos pneus que utilizamos no dia a dia. Em vez de usarem câmaras de ar, eles são feitos com raios que vão do centro do pneu para as bordas.
Esses raios são maleáveis e conseguem lidar com as diferenças de relevo dos terrenos, adaptando-se a eles. Agentes perfurantes, como pedras e pregos também não são problemas para esses novos pneus.
Já faz alguns anos que essa tecnologia está sendo desenvolvida. O pneu não pneumático da Bridgestone, por exemplo, foi apresentado no salão do automóvel de Tóquio, em 2011. Outra vantagem desse pneu é que ele é 100% reciclável.
Em parceria com a Chevrolet, a Michelin está desenvolvendo os pneus não pneumáticos da sua linha Uptis. A fabricante já havia tido sucesso testando pneus semelhantes em máquinas. O design é parecido com o modelo da Bridgestone.
Por fim, a fabricante de pneus Goodyear também está em busca do pneu que não fure. A empresa vem tendo sucesso com a sua linha de pneus, mas reconhece que eles ainda têm algumas limitações.
"Haverá ruídos e um pouco de vibração. Ainda estamos aprendendo como suavizar a direção. Mas achamos que o desempenho será surpreendente.", disse à BBC Michael Rachita, gerente de programas da Goodyear para pneus não pneumáticos.
(Fonte: Divulgação: Bridgestone)
Se você acha que a grande motivação das fabricantes de pneus é com o estresse que você tem quando vê o seu pneu murchar, está enganado. Já é consenso para a indústria que em um futuro breve, os carros não precisarão de motoristas.
Acontece que, por mais que sejam capazes de dirigir sozinhos, eles ainda não teriam como trocar os próprios pneus. Carro parado, significaria prejuízo para as empresas de entrega e transporte, por exemplo.
Quem também pode se beneficiar desse avanço é o planeta. Só no Brasil, 380 mil toneladas de pneus foram coletados em 2020. Além de demorarem muitos anos para se decompor, os objetos ainda ajudam na proliferação de insetos, como o mosquito da dengue.
Fonte: A Voz da Região / Mega Curioso