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Saude

Medicamento pode eliminar tumor raro no reto em até 100% dos pacientes


Um tipo de tumor raro no reto pode ser eliminado em até 100% dos pacientes que utilizaram um medicamento à base de imunoterapia. É o que aponta um estudo clínico realizado por cientistas de Nova York e publicados nesta semana no "The New England Journal of Medicine".

Segundo a publicação, o remédio dostarlimabe foi administrado por 6 meses e, depois do tratamento, nenhum paciente precisou de químio ou radioterapia, nem de cirurgia.

A pesquisa foi feita com 12 pessoas que tinham um tumor local, mas avançado, no reto - a parte final do intestino grosso. Todos os pacientes tinham uma alteração molecular específica, rara, que fazia com que o câncer fosse suscetível ao remédio, de acordo com o G1.

Abordagens como esta já eram usadas em casos com metástase, informou a oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, Rachel Riechelmann. "Essa foi a primeira vez que foi testada num tumor não metastático", afirma.

"Só o remédio já eliminou a doença, sem precisar de rádio, químio e cirurgia. É fantástico, mas [o tratamento] vai ser para um grupo pequeno de pacientes, onde o tumor se desenvolveu através dessa alteração molecular", esclarece Riechelmann.

O dostarlimabe já foi aprovado para uso no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em março deste ano, e tem previsão de comercialização a partir de agosto, segundo a fabricante. A indicação é de que ele seja administrado em pessoas com câncer de endométrio.

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