A assinatura da proposta vinculante da SAF pelo Santa Cruz gera grande expectativa na torcida coral. Mas como se construiu o compromisso de investimento de R$ 1 bilhão em até 15 anos pela compra de 90% das ações do clube pernambucano? Márcio Cadar, um dos investidores, detalhou os principais pontos do negócio.
Em entrevista exclusiva, Cadar disse que o objetivo dos investidores é assumir o clube já na Série D. Agora, o ge traz outros pontos do papo, principalmente no que diz respeito aos aportes no Arruda e centro de treinamento. Sobre o estádio, a promessa é de intervenções que visem melhorar a "experiência do torcedor" ainda durante a temporada atual.
A reportagem apurou que um arquiteto contratado pelos investidores da SAF do Santa Cruz - não só Cadar, mas também Vinícius Diniz, os chefes da operação - esteve no Arruda pelo menos três vezes ao longo dos últimos quatro meses para inspecionar o estádio.
Há um projeto, uma planta de reforma, prontos. Ele não vai mudar a característica do Arruda e sim melhorar suas dependências, principalmente do ponto de vista da tecnologia - que será uma premissa da gestão da Cobra Coral Participações S/A, uma vez"empossada".
Confira a entrevista
Quando esperam colocar a mão na massa?
- A gente espera colocar o mais rápido possível. Difícil cravar uma data agora porque ainda depende de vários fatores que não são inerentes à nossa vontade, mas não tenha dúvida que não vai faltar trabalho, empenho, para que a gente coloque essa SAF de pé o mais rápido possível para a gente conseguir começar a nossa caminhada de volta à elite do futebol brasileiro.
- É uma das coisas que temos como alvo conseguir já fazer alguma coisa para a Série D, está dentro do nosso planejamento. Mas estamos correndo aqui com fatores que nos deixam bastante tranquilos e bastante confortáveis para que a gente comece esse trabalho. Mas, mais uma vez, não depende só da gente. Mas a grande vantagem disso é que agora, com os trâmites burocráticos mapeados, nós sabemos como agir e com a rapidez que precisamos agir. E sem dúvida nenhuma nós torcemos bastante que já para a Série D a gente consiga atuar para o Santa Cruz.
Com a SAF concretizada, qual seria a primeira dessas ações?
- Olha, são coisas separadas. Nós temos que investir em infraestrutura, temos que investir em time, na verdade o time é a espinha dorsal do clube, investir também na torcida, a torcida não pode ficar de fora desse processo, a torcida deu uma demonstração de carinho que eu confesso que não tinha visto ainda. Fiquei muito emocionado com as mensagens que recebi, que foram enviadas para mim, toda minha equipe, então acho que são coisas paralelas. Obviamente que mesmo sem estarmos ainda na SAF, nós vamos acompanhar de perto esse processo hoje do Santa Cruz, nos colocando à disposição do presidente caso ele queira compartilhar algo com a gente. Isso, evidentemente, é uma coisa que a gente já vai conseguir fazer. Mas a bola ainda está com a associação.
- A minha esperança, minha vontade, é que sim, minha vontade já é colocar o futebol em evidência em 2025. Sabemos que o torcedor tem pressa, que o quanto mais rápido e melhor for gerido o futebol, a gente consegue ter um impacto positivo dentro de campo. Acho que nós vamos começar a partir de agora a ter a real situação do futebol, dos jogadores, da estrutura que existe hoje e o que é necessário acrescentar para que isso possa transformar o Santa já em 2025.
A reestruturação do Arruda é um clamor da torcida. Ela já pode esperar isso pra 2025?
- Pode. Isso aí nós já vamos começar a mexer em 2025, nós já temos algumas conversas em andamento, a ideia nossa é fazer coisas paralelas, é fazer o futebol paralelo ao Arruda. Nós já vamos começar a pensar, a entender melhor a estrutura que a gente tem aqui hoje e como a gente consegue melhorar essa estrutura para trazer um conforto a mais para a torcida. O que a gente mais quer ver é esse estádio lotado com mais de 60 mil torcedores berrando, gritando, que é o que ficou famoso no mundo inteiro.
Globo Esporte