Bolsonaro começou a fazer ameaças com o uso das Forças Armadas antes da reunião no Planalto

Por A Voz da Região em 13/02/2024 às 17:44:55

Antes da reunião ministerial de 5 de julho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados já faziam ameaças ao processo eleitoral, defendendo a introdução do voto impresso. Alegavam que as urnas eletrônicas eram suscetíveis a fraudes, embora nunca tenham apresentado provas. Em 2021, o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou que não haveria eleições sem votos impressos e auditáveis.

Bolsonaro também fez declarações semelhantes. A Operação Tempus Veritatis foi deflagrada após a reunião ministerial de 2022, onde Bolsonaro defendeu um "golpe sem armas" e pressionou seus ministros a pressionarem o TSE. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, que ordenou a operação, descreveu a reunião como evidência de um plano golpista.

Antes de uma mensagem proferida por Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro já havia expressado ameaças golpistas. Ele declarou que se as eleições não fossem "limpas", elas não ocorreriam. Bolsonaro também afirmou que entregaria a presidência a qualquer um que o vencesse de maneira justa, o que, para ele, implicava a implementação do voto auditável.

Bolsonaro alertou que, se isso não acontecesse, o Brasil enfrentaria uma grave crise. Ele reiterou que só aceitaria a derrota em uma eleição justa e que o voto auditável era essencial para isso.

No dia em que a Câmara votaria uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para instituir o voto impresso, 150 tanques desfilaram pela Praça dos Três Poderes. Isso foi interpretado como uma tentativa de intimidar o Congresso a aprovar a medida. No entanto, a Câmara rejeitou a PEC.

Durante seu mandato, Bolsonaro usou o Dia da Independência como plataforma política. Em um discurso no dia 7 de setembro de 2021, ele criticou o sistema eleitoral e atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro afirmou que Moraes deveria se adequar ou sair. A multidão de apoiadores respondeu com um coro de "Eu autorizo".

Fonte: Correio

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