O governo federal, sob a liderança da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou planos para realizar o Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) a cada dois anos. O objetivo é preencher vagas em todos os ministérios, atendendo à demanda crescente de servidores públicos.
O CNPU, apelidado de "Enem dos concursos", tem como meta selecionar 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais em uma única seleção. As inscrições para o concurso estarão abertas de 19 de janeiro a 9 de fevereiro.
A prova será aplicada em 5 de maio em 220 cidades em todas as Unidades da Federação. A expectativa é que o concurso unificado receba entre 2 milhões e 3 milhões de inscrições.
Para facilitar o processo de inscrição, o Ministério planeja anunciar uma parceria com o Banco do Brasil e os Correios. Esta parceria visa disponibilizar agências de atendimento nas 220 cidades onde as provas serão aplicadas, permitindo que a população sem acesso à internet possa se inscrever no CNPU.
Os resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações serão divulgados no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho, seguidos pela convocação para posse e realização de cursos de formação em 5 de agosto.
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) tem como objetivo recrutar candidatos para mais de 80 carreiras em mais de 20 entidades governamentais federais, que incluem ministérios, fundações, agências reguladoras e institutos de pesquisa.
A ideia é que os candidatos paguem uma única taxa de inscrição e tenham a oportunidade de concorrer a diversas vagas em diferentes órgãos, mas sempre dentro da mesma área de especialização.
As taxas de inscrição são de R$ 60 para candidatos de nível médio e de R$ 90 para candidatos de nível superior. Estão isentos da taxa de inscrição:
Inscritos no CadÚnico
Doadores de medula óssea
Bolsistas atuais ou antigos do Prouni
Inscritos atuais ou antigos no Fies
Existem vagas para profissionais de níveis médio, técnico e superior, com salários que podem chegar a R$ 20 mil.
As carreiras estão organizadas em oito blocos temáticos. Durante a inscrição, o candidato escolhe um dos blocos e indica a sua preferência de carreira dentro desse bloco, de forma semelhante à escolha de preferência de universidades pelos estudantes.
O exame inclui perguntas objetivas, que são comuns a todos os candidatos, e perguntas objetivas e dissertativas específicas do bloco escolhido.
O concurso oferece um total de 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais. As entidades com o maior número de vagas são:
MGI — 1.480 vagas;
Ministério do Trabalho e Emprego para auditor fiscal do trabalho — 900 vagas;
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) — 742 vagas;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — 620 vagas;
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) — 502 vagas
Ministério da Saúde — 220 vagas
O ministério estabeleceu cotas específicas para o concurso:
5% do total de vagas de cada cargo para candidatos com deficiência;
20% para candidatos negros; e
30% das vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para candidatos de origem indígena.
Fonte: CNN Brasil