O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na tarde desta quarta-feira,18, para prestar depoimento no inquérito sobre o grupo de empresários ligados a ele que defendiam um golpe de estado para impedir que Lula assumisse a presidência da República.
A defesa de Bolsonaro apresentou uma explicação escrita dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem atribuição para tratar do caso. Ele entregou o documento ao delegado da PF e não fez nenhuma declaração.
Bolsonaro e seus três advogados falaram com a imprensa na saída da PF. Fabio Wajngarten defendeu que as conversas de Bolsonaro com os empresários foram privadas. Já o ex-presidente pontuou que a investigação tinha o objetivo de censurar apoiadores, como o empresário Luciano Hang. "Serviu para inibir outras pessoas que eram simpáticas a mim por ocasião das eleições", afirmou Bolsonaro nesta quarta.
O ex-presidente também defendeu que não houve parcialidade no resultado da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em que ele e outras 60 pessoas foram indiciadas.
"Completamente parcial, a funcionária de Flávio Dino recebeu, com toda certeza, aquilo já pronto, e entregou. Um absurdo. Por que não me convocaram? Me indiciam sem me convocar. Eu iria lá, sem problema nenhum", provocou Bolsonaro.