O futuro do Feiraguay: entenda os desafios do maior centro de comércio popular do Nordeste

Com fluxo de 10 mil pessoas por dia, espaço investe na formalização dos comerciantes; no mês passado, foi alvo de operação da Receita Federal

Por Thais Borges em 10/06/2023 às 09:49:15

Diz a história oficial de Feira de Santana que a segunda maior cidade do estado nasceu de uma feira livre. Mascates, vaqueiros, tropeiros e turistas vinham de toda a região em busca dos melhores produtos vendidos ali. Em 2023, quase 200 anos depois, não é muito diferente. A peregrinação à feira livre, porém, deu lugar às viagens ao maior centro de comércio informal do Nordeste do país: o Feiraguay.

Nas últimas quatro décadas, o Feiraguay cresceu e ganhou novas estruturas, além de ter se tornado um dos principais pontos turísticos da cidade. Natural de Feira, o professor Romário Sena, 28 anos, mora em Salvador, mas, a cada dois meses, vai ao shopping popular conferir as novidades.

"Sempre vou em busca de roupas, principalmente camisas para o dia a dia, eletrônicos e capas para celular. Esses últimos têm uma durabilidade grande, mas você tem que saber escolher e ter paciência ao pesquisar", ensina.

O público impressiona: por dia, cerca de 10 mil pessoas circulam pelos 640 boxes do espaço, entre comerciantes e clientes. Mas, no mês passado, todas as atenções se voltaram ao centro comercial após uma operação da Receita Federal. Em pleno movimento pelo Dia das Mães, uma das datas mais lucrativas do comércio, ao menos R$ 10 milhões em produtos foram apreendidos pelos auditores fiscais, sob a alegação de serem mercadorias falsificadas e contrabandeadas. A dúvida que ficou, dali em diante, foi: quais são os próximos passos do Feiraguay?

Ao mesmo tempo em que fornece mercadorias dos mais variados tipos e atrai empreendimentos para a região - agora, por exemplo, um shopping center popular está sendo construído ao lado do espaço -, um dos principais pontos da economia feirense encontra desafios que vão desde a profissionalização de todos os vendedores informais à continuidade da geração de empregos.

"O crescimento do Feiraguay é sempre o que buscamos e acredito que ele virá", diz o presidente da Associação de Vendedores Ambulantes de Feira de Santana (Avamfs) e administrador do shopping popular, Sandro Santana, que cita a construção de mais galerias e pequenos shoppings na região, em busca dos empreendimentos daquela zona comercial.

"Para que seja benéfico para o comerciante e para o consumidor, buscamos cada vez mais a formalização dos comerciantes, o que fará com que (os clientes) mantenham esta fidelidade e dará a segurança necessária", acrescenta.

Origens
O nome já diz muito: Feiraguay - hoje grafado com "y" mesmo - é uma referência óbvia ao Paraguai, país que, por muito tempo, foi um dos que dominou o imaginário nacional quanto às compras baratas, inclusive de mercadorias importadas, falsificadas ou inspiradas em grandes marcas.

Os primeiros movimentos do que viria a ser o Feiraguay começam ainda no final da década de 1970 e início dos anos 1980. O surgimento do centro comercial ocorreu justamente em um momento em que o mundo passava por mudanças na organização dos postos de trabalho, de acordo com a geógrafa Alessandra Telles, doutora em Geografia e professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). É um contexto em que a automação se intensificava ao passo que muitas pessoas perdiam empregos para a robotização e pelos ajustes que vinham sendo feitos.

"Feira de Santana também receberá esse impacto e muitos postos de trabalho serão extintos, ao mesmo tempo, a China inicia sua abertura comercial e exportação de produtos. No Brasil, estes chegam via Paraguai", explica a professora.

Ela explica que, na época, as pessoas começaram a ver possibilidade de renda comprando produtos diretamente do Paraguai para revender aqui. Inicialmente, esse comércio era nas praças J. Pedreira e da Bandeira, além da Rua Sales Barbosa, que já contava com camelôs focados em calçados e confecções. "O poder público municipal intervém e cria na Praça Presidente Médici o espaço que será o Feiraguay que conhecemos hoje", conta. Essa formalização ocorre especificamente em 1996.

Segundo ela, desde sua criação, o centro de compras agregava valor ao desenvolvimento da cidade, justamente por ter promovido renda para as famílias que dependiam do comércio informal. No começo, segundo registros em artigos, trabalhos acadêmicos e jornais, os produtos eletroeletrônicos dominavam.

De acordo com a Avamfs, não dá para apontar predomínio de produtos mais vendidos; hoje, o Feiraguay tem diversificação e setorização (Foto: Marina Silva/CORREIO)

Produtos
Hoje, por outro lado, não seria possível apontar se há um predomínio de algum tipo de produto ou mesmo um perfil de produtos mais vendidos na avaliação do presidente do Feiraguay, Sandro Santana. Cada comerciante define suas mercadorias, assim como de qual forma elas serão vendidas. O que existe seria uma setorização no centro comercial, tanto para facilitar a visibilidade quanto para o conforto dos clientes.

Além disso, a origem dos produtos é de responsabilidade de cada comerciante: há desde os que adquirem produtos confeccionados apenas para a revenda quanto aqueles que produzem sua própria mercadoria. Ao longo dos anos, ele também viu o Feiraguay mudar, mas lida com naturalidade. Para Santana, a mudança faz parte do setor.

"O Feiraguay de hoje não pode ser comparado com o de dez anos atrás e muito menos com o daqui a 10 anos", afirma.

Ainda assim, para muitos consumidores, algumas mercadorias se destacam. Os eletrônicos, que foram as bases do começo do Feiraguay, por exemplo, são os que mesmo hoje mais representam o centro comercial para o professor Romário Sena. Segundo ele, comprar equipamentos como fones, caixa de som, games e carregadores de celular é algo que vale a pena, se for feito com um tanto de pesquisa.

(Foto: Marina Silva/CORREIO)

Romário acredita que o Feiraguay se tornou um local acessível para qualquer pessoa que queira comprar um produto que não é comum em outros lugares ou que têm um valor original alto. "Para quem nunca foi, deixo como dica nunca ir somente na beleza do produto. Vale o teste, a pesquisa e a conversa com vendedores. Também diria para nunca comprarem de primeira ou no primeiro contato. E vale a pechincha", ensina.

Para alguns clientes, o Feiraguay é até uma espécie de salvação. A professora Bruna Santos, 30, lembra de um dizer comum na cidade: se precisam de um item específico, seja lá qual for, 'no Feiraguay, tem'. Ela lembra de jogos educativos para sua profissão, presentes para a filha ou para amigo oculto e até decoração de árvore de Natal.

"Até minha filha já tem essa noção que no Feiraguay encontramos de tudo. Então, sempre que precisamos de algo, vamos encontrar lá", diz.

(Foto: Marina Silva/CORREIO)

Isso vem desde a infância da própria Bruna, marcada por presentes vindos do Feiraguay: os mais marcantes foram bonecos vestidos para casamento e um rádio com fone e lanterna. "Eu imagino que lá, além de ter de tudo um pouco, é um local que gera muito emprego, tem uma diversidade de público muito grande e dá visibilidade a nossa cidade no quesito comércio. Quem é de Feira sempre vai no Feiraguay e quem não vem tem que vir", avalia.

Pirata
Quanto à ideia de que o centro comercial seria dominado por produtos falsificados, Bruna diz que já pensou assim no passado, mas mudou de ideia quando percebeu que trata-se de um espaço que vende de tudo. "Depois de crescida, fui desmistificando essa ideia, pois passei a pensar mais no custo benefício em relação a qualidade dos produtos que são oferecidos lá. Muitos de nós sabemos que roupas, calçados e alguns eletrônicos não são 100% originais, mas se aproximam ao máximo, então, muitas vezes vale a pena adquirir um mais próximo do 'real' e pagar um tanto mais barato, sem sair do estilo".

O professor Romário Sena diz que encontrar produtos falsificados também é uma realidade. Por isso, recomenda que outros clientes peçam para ver os produtos antes de comprar. "Existem aqueles explicitamente inferiores, mas também há réplicas muito fiéis, que valem a pena".

Essa foi a justificativa da operação da Receita Federal, no dia 9 de maio (veja detalhes abaixo). O administrador do centro comercial, Sandro Santana, porém, enfatiza que o Feiraguay não pode ser resumido por situações como essa, uma vez que o espaço conta com diferentes ramos de atividades.

Ele diz que, a partir da operação, a entidade buscou entender o perfil de cada comerciante e analisar o que poderia ser feito para evitar futuros incidentes e prejuízos.

"Com parcerias estabelecidas com Sebrae, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e a Associação Comercial, vamos ajudar na formalização, capacitação e consultoria para que os comerciantes se afastem cada vez mais da informalidade e empreendam sem estejar sujeito a fiscalização ao comercializar produtos contrafeitos", diz, citando, ainda, participação em campanhas premiadas no comércio local, para atrair mais clientes e reduzir o prejuízo dos lojistas afetados.

A administradora Soraya Silva, 63, que frequenta o centro comercial desde a sua criação - ou, em suas palavras "desde que ainda não tinha a estrutura toda" -, disse ter visto as notícias sobre a operação com tristeza. "Acho uma crueldade. Teria que se fazer uma investigação, porque são pais de família que estão ali e dependem daquela venda", opina.

Ela diz nunca ter tido problema com mercadorias do Feiraguay. Mesmo se eventualmente comprasse algo com defeito ou que não funcionasse, lembra-se de situações em que voltou ao local e os comerciantes devolveram o dinheiro ou trocaram o produto. Soraya calcula que vai ao Feiraguay entre duas e três vezes por mês.

"Tem muitos utensílios domésticos que não chegam nas lojas de decoração e chegam primeiro lá. Como eu viajo muito, sempre compro minhas coisas, quando chego com novidades para a casa e minhas amigas veem, digo que com certeza tem no Feiraguay", afirma, citando, ainda, a frequência com que recebe pedidos de amigas que moram em outras cidades para levá-las para conhecer o centro comercial.

Em um almoço recente com amigas em Salvador, a conversa girou em torno no Feiraguay.

"Elas diziam que queriam conhecer, queriam saber o que dá para eu comprar. Falei logo: 'dá para comprar de tudo, presentes, artigos para casa, decoração, flores. O que mais me interessa são utensílios domésticos e coisas para escritório", acrescenta.

China
Se antes os produtos que vinham da China eram intermediados pelo Paraguai, hoje a presença das mercadorias chinesas é bem mais visível e ampla. Mas não é algo restrito aos produtos: nos últimos anos, também aumentou a presença de comerciantes chineses com lojas não apenas entre os boxes do Feiraguay como também entre os estabelecimentos vizinhos.

No começo, houve quem criticasse a chegada dos estrangeiros. Em 2016, dirigentes davam declarações à imprensa local contrárias a esse crescimento, que chamavam de concorrência desleal. No entanto, atualmente, o presidente Avamfs, Sandro Santana, minimiza a presença dos chineses e diz ver com naturalidade.

"São comerciantes como outro qualquer e vendem equiparados a qualquer um, ganhando sempre quem tiver o melhor preço. Por isso, vejo como uma concorrência normal comercial. Além disso, ainda estão em pequeno número e trabalham com produtos que os brasileiros nunca tiveram como nicho no Feiraguay", pondera.

Segundo a professora Alessandra Telles, da Uefs, nas últimas três décadas, a China mudou muito a forma como comercializa com outros países, inclusive com abertura para que seus cidadãos trabalhem em outros países. "Como a produção de mercadorias é muito intensa e aqui há um forte comércio para seus produtos, o que vemos nas ruas são muitas lojas e boxes no Feiraguay ocupados pelos chineses", diz.

Em uma época em que sites chineses como o AliExpress, a Shopee e a Shein também se tornaram gigantes do comércio eletrônico, a China frequentemente aparece como um dos agentes de transformação de consumo nos últimos anos. No futuro, para a professora, não dá para descartar que o futuro do Feiraguay seja afetado por isso.

"Vejo que há uma significativa mudança no comportamento do consumidor, principalmente entre os mais jovens que optam pelo comércio eletrônico. Esse é um fator que pesa muito para um comércio de produtos populares e de forma física. Com o Feiraguay não é diferente", pondera.

Na prática, o que aconteceu foi que o crescimento dos sites obrigou comerciantes do Feiraguay a se adequarem à nova realidade, de acordo com Sandro Santana. Hoje, quase todos já fazem transações online. Para ele, a venda na internet não seria concorrente, mas aliada. "Mas a maior parte são os consumidores que, mesmo com toda a tecnologia, não dispensam o contato físico e a famosa pechincha. Só o contato físico promove (isso) e é por este fato que as vendas no nosso centro comercial aumentam a cada tempo", enfatiza.

A seguir
Um dos comerciantes mais antigos do Feiraguay é o lojista Waldik Sobral, que está há 28 no centro de compras e chegou a ser presidente da associação que representa a categoria por dois mandatos. Segundo Sobral, alguns dos desafios dos trabalhadores hoje é conseguir o reconhecimento e apoio tanto de moradores da cidade quanto de autoridades.

Na época em que chegou ao Feiraguay, a estrutura era de mesas que eram armadas e desarmadas diariamente. Então com 25 anos, Sobral tinha sido desligado de uma empresa metalúrgica e estava em busca de uma forma de sustentar a esposa e o filho. Foi assim que começou primeiro vendendo artigos de presentes e eletrônicos e, em seguida, calçados e confecções. Hoje, sua loja é mais focada em roupas e calçados masculinos.

Um dos comerciantes do Feiraguay é Waldik, que está lá há 28 anos (Foto: Marina Silva/CORREIO)

Ele acredita que o futuro do shopping popular é de ter mais organização e adequação.

"Já estamos regularizando as empresas deste entreposto, abrindo empresas na modalidade simples nacional e microempreendedor individual", diz.

Outra preocupação é de criar a marca própria do Feiraguay, o que já estaria sendo viabilizado por meio de parceria com o Sebrae. "O Feiraguay é de suma importância para a movimentação da economia do nosso município, uma vez que, hoje é reconhecido como um ponto turístico. Este entreposto conta com uma miscelânea de produtos e com um bom preço, atraindo pessoas de várias cidades da Bahia e até mesmo de outros estados, o que gera o fomento nas lojas varejistas e atacadistas do comércio local, bem como na rede de hotelaria", avalia.

Os clientes vêm não apenas de Feira, mas de outras cidades da Bahia e mesmo de outros estados. Com o fim da pandemia da covid-19, além da proximidade de datas como o Dia dos Namorados, na próxima segunda-feira (12), e o São João, ele vê as vendas aquecidas e grandes expectativas por parte dos lojistas.

"Sabemos que essa nova forma mais cômoda de comprar (pela internet) atraiu a atenção de alguns, mas outros ainda preferem o presencial para sentir o produto e até mesmo ter um contato mais caloroso nas negociações entre cliente e comerciante no ato da pechincha".

Esse é o caso da professora Bruna Santos, que diz se sentir segura no local. "É bom ir lá com bastante tempo para procurar bem, conhecer cada espaço e comprar muito. O Feiraguay é nosso patrimônio feirense, é local de mistura, de comércio e de trabalho", pontua.

A chegada de um shopping center tradicional em breve também está sendo vista como uma forma de desenvolver a região. No final de 2021, o grupo goiano GCO anunciou a construção do Shopping Centro Oeste Nordeste, na área entre a Rua Dom João VI e a Rua Bacelar de Castro. Na própria divulgação do empreendimento, chamam atenção para a "excelente localização, ao lado do Feiraguay". "Não tem como atrapalhar. Todo empreendimento que vem para nossa zona comercial é bem-vindo", opina o presidente da Avamfs, Sandro Santana.

Apesar de ser um tema diretamente ligado ao desenvolvimento da cidade, a prefeitura de Feira de Santana, através da sua assessoria, foi procurada por duas semanas e não indicou um representante para entrevista nem emitiu posicionamento até a publicação desta reportagem.

'Pode existir Feiraguay só com mercadorias legais', diz auditor fiscal

Quando os auditores fiscais chegaram ao Feiraguay no último dia 9 de maio, o objetivo era cumprir mandados de busca e apreensão de mercadorias falsificadas - também chamadas de contrafeitas. Donos de marcas tinham entrado com um pedido junto à Receita Federal, de acordo com o auditor Marcone de Andrade Souza. "O Feiraguay é conhecido por ter muita mercadoria contrafeita, pirata, que entrou de forma ilegal no país e cabe à Receita combater esse tipo de ilícito".

No entanto, ele acredita que é possível haver um futuro para o Feiraguay funcionando apenas com mercadorias legais.

"Tinha comerciantes lá que tinham bermudas, por exemplo, de fabricantes de Pernambuco ou de João Pessoa, que não tinham marca e eram mercadorias de qualidade. Se ele tem nota e paga os tributos, não tem problema".

Além disso, a regularização não quer dizer que produtos estrangeiros não possam ser vendidos no local. Se um lojista vende bolsas que vêm da China, por exemplo, mas foram compradas e entraram no Brasil através de declaração de importação, também não há entraves.

Desde 2008, segundo Souza, a Receita Federal faz operações no Feiraguay. No ano passado, uma das ações recentes focou em apreender cigarros eletrônicos - também conhecidos como pods ou vapes, cuja venda é proibida no país. Desta vez, cerca de 150 dos 640 boxes foram alvo da operação. Mais de quatro mil itens foram apreendidos e, embora a triagem final ainda não tenha sido concluída, o montante é estimado em torno de R$ 10 milhões. A maior parte dos itens era de vestuário e confecção, mas foram apreendidos também relógios, perfumes e óculos.

Para o auditor fiscal, há um efeito educativo nas operações.

"Em toda operação da Receita, o contribuinte recebe uma guia do termo de retenção e pode acompanhar a retirada. Muitas vezes, eles conhecem e estão cientes do que fazem. A gente explica que, se ele vende uma coisa ilegal, é uma opção dele, mas sabe que é fiscalizado e uma hora pode perder a mercadoria".

No caso de uma mercadoria retida por origem falsificada, a pessoa não pode pagar imposto pela liberação e os produtos são perdidos. O que pode ser feito pela Receita é tentar descaracterizar as marcas e, se não houver danos ao item, serão doados a vítimas de enchentes e outros desastres naturais. Se a descaracterização não puder ser feita ou a mercadoria for danificada no processo, ela será destruída.

"A orientação é que a pessoa não consuma, se sabe que é mercadoria pirata ou contrafeita. Tem mercadorias do Brasil com qualidade muito boa e simplesmente não têm uma marca. Têm valor e duram até mais do que a mercadoria contrafeita. Não é a ostentação de uma marca que vai ter valor", reforça.

Entre os apreendidos no Feiraguay, havia produtos importados de países como China, Índia e Peru. Ainda assim, é possível que mesmo aqueles que dizem ser de indústrias brasileiras tenham entrado ilegalmente no país. Um dos exemplos citados por Souza é o de contêineres apreendidos no Porto de Salvador: as mercadorias vinham da China, mas com a informação de que eram da indústria brasileira.

"Muita gente funciona no Feiraguay de forma legal, vendendo coisa legal e acaba concorrendo com gente que vende mercadoria pirata. Isso não é bom para o ambiente comercial de Feira de Santana, nem da Bahia", acrescenta Souza.

Fonte: Correio

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