A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) completou 75 anos de história nesta quinta-feira (25) e celebrou a data na sede da entidade, no Stiep, em Salvador, num evento que pontuou o momento de reconstrução e retomada da indústria baiana após o período de estagnação em decorrência da pandemia de covid-19.
Durante a cerimônia de comemoração do aniversário da Fieb e do Dia da Indústria, os representantes do Poder Legislativo e da indústria se reuniram com o governador Jerônimo Rodrigues para entregar a Pauta Mínima do Setor Industrial, documento que aponta os principais desafios do setor produtivo e elenca pontos-chaves para a transformação do desenvolvimento do estado.
As prioridades da Pauta Mínima visam ações nas áreas de ambiente de negócios e desburocratização, meio ambiente e recursos hídricos, e infraestrutura. Segundo o presidente da Fieb, Ricardo Alban, o principal desafio a ser enfrentado pela federação e pela indústria baiana como um todo é saber aproveitar as oportunidades advindas através da globalização.
"É preciso aproveitar as grandes janelas de oportunidade que o mundo está dando com a movimentação global das cadeias de valores, com o encadeamento produtivo que a transição energética está permitindo e com as nossas riquezas naturais. Ou seja, [o desafio está] onde nós podemos ser mais eficientes nas condições que nós temos favoráveis e naquilo que precisamos dar atenção para ser estratégico", afirmou Ricardo Alban.
Superintendente da Fieb, Vladson Menezes lidera o setor responsável pela elaboração da Pauta Mínima e afirma que a indústria baiana, apesar de ter tido um bom desempenho em 2022, ainda precisa superar as consequências da pandemia e dos reveses dos últimos anos. De acordo com ele, as dificuldades enfrentadas refletem o atual cenário industrial na Bahia.
"Nós passamos por dificuldades, como o encerramento da Ford, que levou outras empresas junto. Nós demoramos um tempo para resolver a questão da refinaria, que depois foi privatizada e foi fundamental para a retomada da indústria no ano passado. Mas precisamos construir um ambiente de negócios mais adequado para o desenvolvimento da indústria. Tem pontos que são fundamentais e que precisam ser encaminhados, como o tratamento dos distritos industriais, suas infraestruturas, a questão das ferrovias e questões tributárias", elencou.
Os assuntos levantados pelos representantes da Fieb e direcionados para representantes do Legislativo e do Executivo tiveram, para além do objetivo de apresentar as demandas do setor e firmar o apoio do Governo do Estado, a intenção de preservar o legado dos 75 anos da entidade que, de acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, se confunde com o desenvolvimento industrial da Bahia.
"Avalio o legado de 75 anos positivamente. É tão positivo que se confunde com o desenvolvimento do estado da Bahia. Quando a Fieb implementa uma política estratégica da entidade para captar outras indústrias, fortalecer a geração de produtos, é a Bahia quem ganha com isso. A Bahia tem um legado tão forte que está emprestando o nome de Alban para assumir a direção da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que nos orgulha muito e demonstra o quanto nós evoluímos e estamos amadurecidos na Fieb", disse Jerônimo Rodrigues.
Fonte: A Voz da Região / Correio24Horas