Câmara aprova a igualdade salarial entre homens e mulheres

De acordo com o projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

Por A VOZ DA REGIÃO em 06/05/2023 às 09:58:54
De acordo com o projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

De acordo com o projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

AgĂȘncia Brasil – A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres quando exercerem atividades de igual valor ou mesma função.

O empregador que descumprir a lei terĂĄ de pagar multa equivalente a dez vezes o valor do novo salĂĄrio devido. Em caso de reincidĂȘncia, serĂĄ aplicada a multa em dobro. Mesmo com pagamento da multa, a pessoa discriminada pode ingressar com pedido de indenização por danos morais.

A proposta foi enviada pelo governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva em março e a Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (4) o substitutivo apresentado pela relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES). Foram 325 votos a favor e 36 contra, após acordo entre os líderes partidĂĄrios. O texto segue agora para votação no Senado.

No Brasil, uma mulher ganha, em média, 78% dos rendimentos de um homem, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso de mulheres pretas ou pardas, o percentual cai para menos da metade dos salĂĄrios dos homens brancos (46%).

Uma das mudanças na proposta é que a empresa fica dispensada da exigĂȘncia de igualdade salarial quando adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salĂĄrios, regra que não estĂĄ prevista atualmente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

De acordo com o projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

Outras medidas previstas são a disponibilização de canais específicos para denúncias; promoção e implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho por meio da capacitação de gestores, lideranças e empregados(as) sobre a temĂĄtica da equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com aferição de resultados; e fomento à capacitação e formação de mulheres para ingresso, permanĂȘncia e ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.

Apesar de aprovado, o texto não é consenso entre os deputados. Os favorĂĄveis argumentam que a equiparação salarial propicia a emancipação das mulheres no mercado de trabalho. Os contrĂĄrios alegam que hĂĄ uma série de responsabilizações para as empresas, o que pode inibir a contratação de mulheres.

Fonte: A Voz da Região / Acorda Cidade

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