A intenção de consumo das famílias, apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 3,1% em abril, descontados os efeitos sazonais. Com isso, o índice atingiu o maior nível, 97,1 pontos, desde março de 2020. Entre os indicadores que compõem o ISF, o nível de consumo atual registrou a maior alta em abril, de 4,8%. Embora ele esteja na zona negativa, com 81,4 pontos, o crescimento foi o mais expressivo desde maio de 2018. Os consumidores também apontaram maior intenção de consumo de produtos duráveis, mas a alta tem relação com a base de comparação muito baixa. Entre as causas do maior otimismo está a evolução da inflação, que surpreendeu positivamente em março. Para os economistas, os consumidores começam o segundo trimestre de 2023 com a energia renovada. A queda da inflação está permitindo que o poder de compra aumente.
Conforme a economista da CNC responsável pela pesquisa, Isis Ferreira, a dinâmica mais favorável do nível de consumo atual também está associada à maior satisfação emprego: "Então o consumidor está entendendo que o seu nível de consumo em relação a um ano atrás está melhor, isso tem a ver com a evolução positiva da renda, pela inflação mais baixa, e também a contínua geração de vagas no mercado formal, que leva as pessoas a terem uma segurança maior no seu emprego e também na sua renda". Ainda segundo Ferreira, a contínua geração de vagas formais de trabalho e contratação de pessoas com menor nível de escolaridade pelo setor de serviços fez o índice alcançar o maior nível entre todos os indicadores da pesquisa, com 121,4 pontos.
Fonte: A Voz da Região / Jovem Pan