Mulheres representam 62% das buscas de imóveis para compra e locação

Apesar delas serem destaque, as estratégias voltadas para o público feminino ainda são escassas

Por A VOZ DA REGIÃO em 25/03/2023 às 08:52:53
Ellen acabou de receber a chave do seu imóvel e se prepara para a mudança, que vai acontecer após a reforma - Foto: Raphael Müller / Ag. A TARDE

Ellen acabou de receber a chave do seu imóvel e se prepara para a mudança, que vai acontecer após a reforma - Foto: Raphael Müller / Ag. A TARDE

O mês das mulheres costuma trazer à tona o protagonismo delas nos diversos setores. No mercado imobiliário, o universo feminino também não tem passado despercebido. Afinal, as mulheres representam 62% das buscas por imóveis para compra ou locação, segundo levantamento realizado pelo instituto DataZap+, que levou em consideração dados de todo o ano de 2022. Apesar dessa relevância no setor, ainda são poucas as estratégias voltadas especificamente para atrair e conquistar esse público.

Para a gerente de inteligência de mercado do DataZap+, Taiane Martins, essa maior participação das mulheres nas buscas por imóvel é um evidente reflexo do protagonismo que elas vêm ocupando em diferentes esferas sociais. O destaque, no entanto, não se resume apenas aos momentos de pesquisa para encontrar o empreendimento ideal. De acordo com a especialista, as mulheres passaram a ter um papel quase que definitivo na influência da escolha ou na própria decisão de compra ou locação.

"O que temos observado é que elas têm participação grande nessas decisões e o mercado imobiliário deve estar atento a isso principalmente no que tem sido relevante para esse público ao buscar um imóvel para compra ou locação", ressalta a gerente de inteligência.

Tatiane estima que esse índice de participação da mulher no interesse por imóveis se mantém estável pelo menos desde 2020. Já a corretora e coordenadora da Comissão Feminina do Conselho Regional de Corretores (Creci para Elas), Neuza Marques, acredita que esse protagonismo vem caminhando nos últimos 20 anos. E, mesmo assim, para Neuza, o setor ainda tem falhado no que diz respeito a estratégias específicas para atrair e conquistar esse público.

"O mercado evolui nesse sentido, mas não há um direcionamento específico para atender as prioridades pensadas pela mulher. No geral, os empreendimentos são dirigidos à família como um todo, mas deixam a desejar no foco da percepção feminina", pontua.

A gerente de inteligência de mercado do DataZap+ concorda com Neuza. Ela reconhece alguns esforços do setor, mas acredita que há espaço para fazer mais. "Um exemplo do que já é feito é o programa Caixa para Elas, que é direcionado para mulheres e proporciona a elas benefícios para contratação de financiamento, crédito e serviços financeiros. Além disso, a revisão do programa Minha Casa Minha Vida também aborda uma priorização de contratos assinados pelas mulheres", cita Tatiane.

Fonte: A Voz da Região / A Tarde

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