Dia Mundial da Água | Amazônia enfrenta falta de água potável mesmo com chuvas

Nesta quarta-feira (22), celebramos o Dia Mundial da Água, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar e levantar soluções acerca da crise de água e saneamento. E a ocasião é oportuna para trazer à tona a situação contraditória da Amazônia: está faltando água potável nesta região que tem a maior disponibilidade hídrica do planeta.

Por A VOZ DA REGIÃO em 22/03/2023 às 09:16:40
gutarovaalena/envato

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Para se ter uma noção, na Amazônia Central, comunidades ribeirinhas não possuem acesso a sistemas de abastecimento de água. O volume de chuva da região representa cerca de 2.500 litros por metro quadrado ao longo de um ano, mas, enquanto 73% destes domicílios possuem reservatórios de água, apenas 35% têm capacidade para mais de 100 litros por pessoa.

Há pequenas comunidades que dependem de água de poços, mas, quando isso não é possível, recorrem aos rios e lagos amazônicos. O problema é que estes possuem muito sedimento ou matéria orgânica.

OI Norte do Brasil apresenta os piores índices de saneamento do país: mais de 4 milhões de pessoas precisam buscar suas próprias fontes de água todos os dias. Considerando que o consumo médio do brasileiro é de cerca de 150 litros de água por dia, uma pessoa dessa região precisa carregar 10 baldes de 15 kg por longas distâncias, diariamente.

Amazônia enfrenta falta de água potável mesmo com chuvas (Imagem: Redzen2/Envato)

É com esse cenário em mente que a ONU apresenta a Agenda 2030 com o lema "não deixar ninguém para trás". A proposta é fornecer o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos.

"A disfunção ao longo do ciclo da água prejudica o progresso em todas as principais questões globais, da saúde à fome, da igualdade de gênero aos empregos, da educação à indústria e dos desastres à paz", diz a organização, em comunicado referente ao Dia Mundial da Água. "No momento, estamos seriamente fora dos trilhos. Bilhões de pessoas e inúmeras escolas, empresas, centros de saúde, fazendas e fábricas estão sendo retidos porque seus direitos humanos à água e ao saneamento ainda precisam ser cumpridos", conclui.



Fonte: A Voz da Região / Canal Tech

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