O Google procura maneiras de garantir às pessoas que ainda está na frente na corrida pela melhor tecnologia de inteligência artificial (IA).
E, até agora, o gigante da internet parece dar a resposta errada.
Um anúncio projetado para exibir o novo bot de IA da empresa mostrou que ele respondia a uma pergunta de forma incorreta.
O bot conhecido como Bard foi divulgado no Twitter na segunda-feira (6/2). No anúncio, a IA foi questionada sobre o que dizer a uma criança de nove anos sobre as descobertas do Telescópio Espacial James Webb.
"Por que você não verificou este exemplo antes de compartilhá-lo?", questionou Chris Harrison, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
Os investidores também ficaram desapontados com uma apresentação que a empresa fez sobre os planos de implantar inteligência artificial em alguns produtos.
'O ChatGPT é incrivelmente limitado', reconheceu Altman — Foto: Getty Images
Ele rapidamente se tornou um sucesso viral pela facilidade que tem de passar nos testes de escola, compor letras de músicas e responder a outras perguntas.
A Microsoft disse nesta semana que uma nova versão de seu mecanismo de busca Bing, que ficou para trás do Google por anos (o Google responde a 90% das buscas realizadas na internet enquanto o Bing tem apenas 3%), usará a tecnologia ChatGPT de uma forma ainda mais avançada.
Embora os investidores tenham abraçado o impulso para a inteligência artificial, os céticos alertaram que apressar a tecnologia aumenta os riscos de erros ou resultados distorcidos, além de gerar debates sobre questões de plágio.
Um porta-voz do Google disse que o erro no anúncio destacou "a importância de um processo de teste rigoroso, algo que foi iniciado esta semana com o programa Trusted Tester".
"Combinaremos o feedback externo com nossos próprios testes internos para garantir que as respostas de Bard atendam a um alto padrão de qualidade e segurança a respeito das informações do mundo real", disseram os representantes da empresa.
No mês passado, a Alphabet, controladora do Google, cortou 12 mil empregos — cerca de 6% da força de trabalho em todo o mundo — em meio a uma onda de demissões que se abateu sobre vários gigantes da tecnologia.
Fonte: avozdaregiao/ g1.globo.com