Principal jogador do Brasil nos últimos anos, Neymar se envolveu em mais um caso extracampo. O atleta será intimado a depor, na condição de testemunha, no âmbito de uma operação da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A investigação apura crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro, segundo o portal "Metrópoles", parceiro do BP Money.
Na última sexta-feira (27), três pessoas foram presas na operação. O esquema é supostamente capitaneado pelo empresário Eduardo Rodrigues Silva, conhecido em Brasília por ostentar uma rotina semelhante à de atletas que atuam em alguns dos maiores clubes do mundo. Ele se apresenta como "Eduardo Joias" e teria uma empresa especializada no design de peças forjadas em ouro e diamantes.
Com quase 75 mil seguidores no Instagram, o empresário publicou fotos com Neymar logo após entregar um colar de ouro branco cravejado de diamantes no qual o pingente foi desenhado no formato do nome do atacante. A peça custou, de acordo com a nota, R$ 106,4 mil.
A nota fiscal foi emitida em nome do jogador, em março de 2019, por uma das empresas investigadas por lavagem de dinheiro, sem a respectiva entrada da mercadoria ou matéria-prima para confeccioná-la.
Além de se seguirem nas redes sociais, Eduardo e Neymar cultivaram uma relação pessoal, quando o principal suspeito da operação também entregou ao jogador uma placa dourada acompanhada de um anel exclusivo forjado em ouro e pedras preciosas.
Uma das imagens, publicadas pelo empresário em 8 de fevereiro de 2017, mostra Neymar com uma corrente de diamantes. A imagem possui a seguinte legenda: "A busca de um sonho é a loucura mais exata de realizar. Quando se trabalha duro em busca do que sonha, se conquista! Ter fé, pois fácil não é nem vai ser.
Em outras duas fotos do empresário, publicadas em 22 de março de 2018, em São Paulo, o suspeito mostra a entrega de um anel de ouro a Neymar, com a seguinte legenda: "Mais uma joia feita com muito carinho para o gênio da bola, Neymar. Obrigado pela atenção e confiança no trabalho!", relatou o empresário.
A relação não era só comercial, já que o empresário foi visto marcando presença no aniversário de Neymar, em Paris, em 4 de fevereiro de 2019.
De acordo com as investigações, o empresário viajou a Paris em 4 de fevereiro de 2019 e retornou no dia 8 do mesmo mês. As apurações da PCDF também mapearam o fato de não ser a primeira vez que Neymar adquire ou recebe joias de pessoas envolvidas com lavagem de capitais.
Investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro mostrou, em maio de 2017, que o jogador adquiriu, em 2015, uma corrente de diamantes de Tiego Raimundo dos Santos Silva, vulgo TH, envolvido com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O principal alvo da investigação e conhecido por vender joias a grandes jogados do futebol mundial, usaria criminosos como laranjas para movimentar grandes quantias em dinheiro vivo. A atividade movimentaria um grande esquema de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que Eduardo, acusado de usar empresas para lavar dinheiro, transferiu grandes quantias para criminosos conhecidos da polícia. Um dos identificados é Cleyton Viana de Souza, que recebeu milhares de reais transferidos pelo empresário.
Cleyton figura como autor em 13 inquéritos policiais por crimes como associação criminosa, tentativa de homicídio, extorsão, contrabando e receptação.
Fonte: A Voz da Região / BP Money