Começa a valer hoje para as distribuidoras de combustíveis o reajuste de 7,47% do preço da gasolina, anunciado ontem pela Petrobras. Por ora, o aumento não deve aparecer nas bombas dos postos e não se estende a outros combustíveis, afirmou a estatal. O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passa de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23.
O último reajuste dos preços da gasolina havia ocorrido em dezembro de 2022, com redução de 6,1%. A mudança ocorre dois dias após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicar relatório semanal, na segunda-feira, mostrando que o valor médio do litro da gasolina vendido nos postos de todo país teve queda de R$ 5,04 para R$ 4,98 na semana de 15 a 21 de janeiro.
O aumento é o primeiro que ocorre no governo Lula, e foi anunciado pela diretoria nomeada ainda no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT). A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou o aumento e isentou o governo federal de responsabilidade pelo reajuste.
"Reajuste da gasolina acontece antes de Jean Paul Prates assumir a Petrobras", disse ela, referindo-se ao senador do PT da Paraíba indicado pelo novo governo para a presidência da estatal. "A notícia é de que foi pressão dos acionistas", disse Gleisi. Segundo ela, o governo vai trabalhar para mudar a atual política de preços da empresa, que atrela os preços internos aos valores praticados internacionalmente, em dólar.
Fonte: A Voz da Região / Correio Braziliense