Dizer que Lionel Messi escreveu seu nome na história chega a ser redundante. Mas, em sua despedida de Copa do Mundo, o craque alcançou o patamar que tanto sonhava. Aos 35 anos, o camisa 10 fez sua melhor atuação na competição e conquistou o título mais cobiçado do futebol. Agora, não falta mais nada a um dos maiores jogadores da história.
Na decisão contra a França, o astro abriu o placar, de pênalti, e iniciou a jogada do segundo, ainda no primeiro tempo. Quando o jogo foi para a prorrogação, ele fez o gol que seria decisivo - mas Mbappé empatou logo depois e levou a disputa aos pênaltis. Messi converteu o dele e, no fim, a Argentina se sagrou tricampeã.
Ao longo do Mundial do Catar, aliás, o camisa foi quebrando vários recordes. Não a toa, o atacante conquistou a Bola de Ouro, prêmio dado ao craque do torneio. Aliás, aí estão mais duas novas marcas estabelecidas: ele é o primeiro a faturar o prêmio duas vezes (a primeira havia sido em 2014, no Brasil) e o mais velho, aos 35 anos - desbancando o croata Luka Modric que venceu o troféu na Rússia, em 2018, aos 33 anos.
Outro momento histórico veio ainda na estreia: ao entrar em campo contra a Arábia Saudita, Messi se tornou um dos oito jogadores com cinco Copas disputadas. Nesta lista, também estão os mexicanos Antonio Carbajal, Rafa Márquez, Guillermo Ochoa e Andrés Guardado, o português Cristiano Ronaldo, o italiano Gianluigi Buffon e o alemão Lothar Matthäus.
Já na final, o argentino se isolou como o jogador de futebol com mais partidas em Copa. Ele estava empatado com o ex-meia Lothar Matthäus, que atuou em 25 jogos no Mundial, em cinco edições diferentes (1892, 1986,1990, 1994 e 1998). O alemão foi campeão em 1990 e ficou com o vice em 1982 e em 1986.
Já Messi, ao atuar contra a França, chegou às 26 partidas, também em cinco Copas (2006, 2010, 2014, 2018 e 2022). Assim, ultrapassou Matthäus e estabeleceu um novo recorde.
Tem mais: após anotar duas vezes sobre os franceses, o craque argentino se tornou o primeiro jogador a fazer gols em quatro fases de mata-mata, no atual formato do torneio. Ele já havia marcado nas oitavas, nas quartas e na semifinal, e completou o bingo na decisão.
Messi chegou aos 13 gols marcados em Mundiais (sete no Catar e seis nas outras edições), e deixou para trás Pelé (com 12 gols). Agora, divide a quarta colocação na artilharia histórica do torneio com Just Fontaine (França).
À frente do camisa 10 argentino, estão Gerd Muller (Alemanha Ocidental), com 14 gols; Ronaldo (Brasil), com 15; e o maior goleador das Copas: Miroslav Klose (Alemanha), com 16.
Fonte: Correio da Bahia