O índice de pessoas com mais de 30 anos bateu um recorde em 2021, chegando a 56,1% dos 212,7 milhões de brasileiros.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na manhã desta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2012, quase metade da população (49,9%) tinha menos de 30 anos, taxa que caiu para 43,9% no ano passado, cerca de 92,7 milhões de pessoas.
"Estima-se que, entre 2012 e 2021, a população com menos de 30 anos de idade tenha apresentado não apenas uma redução de sua participação na população total, mas também uma variação negativa em termos absolutos, com queda de 5,4% do total de pessoas nessa faixa etária", destaca um trecho da pesquisa do IBGE.
O levantamento registrou redução na representatividade de todas as faixas etárias abaixo dos 30 anos, nos últimos dez anos.
O IBGE ressaltou a queda da participação da faixa entre 10 e 13 anos – de 6,7% para 5,5% entre 2012 e 2021 – e ainda do grupo entre 14 e 17 anos, que teve uma diminuição de 7,1% para 5,8% no período.
Por outro lado, a população de 30 anos ou mais registrou crescimento nessa década, chegando a 119 milhões de brasileiros. O destaque fica com a parcela de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Em 2021, esse grupo representou cerca de 14,7% da população nacional. Há dez anos, era 11,3%. Segundo o IBGE, o contingente de pessoas nessa faixa etária cresceu 39,8% no período.
"A análise da estrutura etária da população residente e a participação percentual de cada grupo etário por sexo, em 2012 e 2021, confirma o alargamento do topo e o estreitamento da base dessa estrutura, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional", colocou o IBGE.
Por conta do envelhecimento, a pesquisa também mostra novidades no grupo que depende economicamente de algum membro da família que trabalha.
Entre as crianças e adolescentes, o índice caiu de 34,4 por 100 para 29,9 por 100, entre 2012 e 2021. Já entre os idosos, essa taxa subiu de 11,2 por 100 para 14,7 por 100.
Segundo o levantamento do IBGE, a população do país teve uma alta de 7,6% na década, saltando de 197,7 milhões, em 2012, para 212,7 milhões em 2021.
Os maiores aumentos foram registrados no Centro-Oeste (13,0%) e Norte (12,9%), no entanto, as regiões ainda somam as menores participações no todo (7,8% e 8,7%, respectivamente).
Já o Sudeste segue como a região mais populosa, com 42,1%, um aumento de 7,3% no contingente em relação a 2012.
O IBGE aponta que as estimativas ainda não incorporam os impactos da pandemia de Covid-19, que causou um aumento nas mortes e uma redução nos nascimentos. Por isso, o órgão conta com o próximo censo, que começa no mês de agosto, para atualizar as projeções.
A PNAD Contínua também mostra que está crescendo o percentual de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas. Com relação ao primeiro grupo, o índice cresceu de 7,4% para 9,1% em uma década, enquanto o segundo, de 45,6% para 47%. Já a participação dos que se apresentam ao IBGE como brancos caiu de 46,3% para 43% no período.
Segundo o IBGE, a representatividade da população declarada branca diminuiu em todas as regiões. O maior aumento de autodeclarados pretos aconteceu no Nordeste (2,7 pontos percentuais). Enquanto o Sul observou a maior alta de autodeclarados pardos (3,2 pontos percentuais).
"Em termos absolutos, estima-se que, enquanto a população residente no País cresceu 7,6% entre 2012 e 2021, nesse mesmo período a população declarada de cor preta cresceu 32,4% e a parda 10,8%, ao passo que a população que se declarava de cor branca não apresentou variação relevante", diz a pesquisa.
Fonte: A Voz da Região / cnnbrasil.com.br