A Petrobras (PETR4) indicou que o preço do diesel continuará seguindo a tendência de alta e aumentará nas próximas semanas.
Em comunicado emitido na última quarta-feira (8), a decisão da Petrobras serviu como resposta às pressões feitas pelo governo federal para que a estatal altere sua política de preços.
Entre tais pressões, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, na última segunda-feira (8), uma série de medidas que serviriam para conter o preço dos combustíveis.
As principais estratégias do governo incluem zerar o pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos) para os prefeitos e governadores do Brasil e isentar outros impostos federais. Entretanto, o novo anúncio da petroleira pode ser um impasse para os planos de Bolsonaro.
A Petrobras alegou que a alta dos preços é consequência do período negativo vivido no cenário macroeconômico, o que intensifica os problemas da companhia por conta do País ser deficitário na produção do óleo diesel.
A nota da estatal enviada para a imprensa confirmou que "não há fundamentos que indiquem a melhora do balanço global e o recuo estrutural das cotações internacionais de referência para o óleo diesel".
Além disso, a empresa também alegou que a prática das atividades agrícola e industrial no segundo semestre costuma ser mais alta, o que irá impulsionar o consumo nacional de diesel.
"Ressalta-se, também, que o mercado interno registrou recorde de consumo de óleo diesel no ano passado e essa marca deverá ser superada em 2022", disse a Petrobras.
Ao falar sobre os fatores externos, a companhia alegou que possíveis indisponibilidades nas refinarias dos EUA e a menor disponibilidade de exportações russa pós-embargos da UE (União Europeia) podem puxar o preço dos combustíveis.
Por fim, a estatal confirmou mais uma vez que não possui o monopólio do setor, e que o acompanhamento dos preços praticados no exterior evita um possível desabastecimento no País.
Logo, caso continue seguindo uma política de preços baseada no mercado internacional, o valor dos combustíveis estipulado pela Petrobras seguirá crescendo, em meio a indefinições na presidência da estatal e à corrida eleitoral do Brasil.
Fonte: A Voz da Região / BP Money