O Brasil anuncia nesta terça-feira (16), na ONU, um novo objetivo de desenvolvimento sustentável voltado à promoção da igualdade étnico-racial na sociedade brasileira, com foco específico nas desigualdades que afetam especialmente os povos indígenas e a população negra.
A meta é brasileira e amplia os compromissos individuais do país quanto à agenda 2030 por um mundo mais sustentável. A partir disso, o Brasil quer convencer outros países a se comprometerem com o mesmo objetivo.
A defesa pelo novo objetivo antiracista é coordenada pelo Ministério de Igualdade Racial e será apresentada pelo ministro da secretaria-geral da presidência, Márcio Macedo, que está em Nova Iorque, no Fórum Político de Alto Nível da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.
Na prática, há dificuldades entre os países conectados com a ONU de assegurarem os objetivos globais já previstos até 2030, como ações contra fome, pobreza e mudanças climáticas.
Para o governo brasileiro, o objetivo de igualdade racial não pode ficar de fora. A lista já contempla, por exemplo, objetivo pela igualdade de gênero.
Na quarta-feira (17), o Brasil apresenta o Relatório nacional Voluntário de todos objetivos de desenvolvimento sustentável, na sede da ONU, às 15h.
"Tinha estado aqui ano passado e dito que a determinação de Lula era que voltássemos apresentar o relatório ODS, que estava sem o governo brasileiro apresentar há seis anos, apenas a sociedade civil havia apresentado", afirmou Macedo à CNN depois de se reunir com a Vice-Secretária-Geral da ONU, Amina Mohammed.
O relatório foi elaborado por um conjunto de órgãos do governo, como IBGE, IPEA, FioCruz, Itaipu, Itamaraty, Ministério da Fazenda.
"É a retomada do país na sua articulação internacional. Brasil é muito respeitado por ser a maior economia dos trópicos. E a volta do presidente Lula dá muita credibilidade e uma esperança muito grande de que Brasil não só retomando as suas políticas de desenvolvimento sustentável, como também ajude para que possa acontecer isso no mundo inteiro e que possa ocorrer debate, no ambiente do G20, de financiamento dos países mais pobres que tem agenda a ser cumprida, e que os bancos de desenvolvimento internacional e os país ricos possam ajudar para que essa agenda possa avançar no mundo", destacou.
O Brasil, dentro de um time de dez países escolhidos pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, tem papel de liderança para acelerar o cumprimento de toda agenda 2030.
O Planalto levou também à NY o compromisso de que novo relatório será feito ao fim do governo.
Fonte: A Voz Região / CNN Brasil