A tentativa de invasão à Paróquia de Sant"Ana, no Rio Vermelho, na madrugada de quarta-feira (20), entrou na lista das vezes que o templo foi alvo de criminosos. O sistema de segurança instalado no templo religioso não foi suficiente para evitar que invasores quebrassem o gradil e destruíssem os fios da porta automática. Por conta da insegurança no bairro, os horários das missas da noite foram antecipados e a paróquia vê o número de fiéis diminuir.
O sistema de segurança da paróquia conta com câmeras, sensores e alarmes, que foram instalados em 2021, depois de um assalto. A vigilância, no entanto, não é suficiente para proteger o local, que sofreu tentativas de arrombamentos no ano passado. A tentativa mais recente ocorreu na mesma ocasião em que a Casa de Iemanjá, que fica ao lado, foi invadida.
Por conta da insegurança, o padre Ângelo Magno antecipou a missa, que antes era celebrada às 19 horas, para as 18 horas. Segundo ele, a atitude foi tomada para evitar que os fiéis andassem muito tarde pelas ruas do bairro. Mesmo assim, o número de católicos vem diminuindo.
"A cidade está nos preocupando e, para dar mais segurança às pessoas que vem para cá, estamos celebrando as missas mais cedo. O público de noite diminuiu muito, é muito triste", lamenta o padre ngelo Magno. Em janeiro de 2019, ladrões invadiram a paróquia e roubaram instrumentos musicais e uma caixa de som.
A invasão de templos religiosos não é um problema exclusivo do Rio Vermelho. Em maio deste ano, a Igreja da Ajuda, no Centro Histórico, foi invadida três vezes em menos de dez dias. "A sociedade está cada vez mais indiferente a Deus. Até as pessoas que eram violentas temiam a Deus, mas até isso está sendo perdido", afirma ngelo Magno.
Fonte: Correio
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