O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) desabafou neste sábado (19) em suas redes socais sobre aliados de Jair Bolsonaro que aumentam expectativa de prisão do ex-presidente.
"Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo", afirmou o filho do ex-presidente.
"Se quer ajudar desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer."
"Óbvio que qualquer um sabe que já vivemos numa Venezuela, entretanto não é desse jeito que se luta. Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!", completou o vereador.
Caso das joias
Após Cezar Bitencourt, advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, afirmar que o cliente iria confessar os crimes e confirmar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como mandante, ele voltou atrás nesta sexta-feira, 18, e mudou a versão.Em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, a defesa de Mauro Cid disse que houve "equívoco e má-fé" na publicação da revista Veja, na quinta-feira, 17. Veja as diferenças entre as versões ditas por ele nas entrevistas.
Na primeira entrevista, para a Veja, o advogado Cezar declarou que Mauro Cid iria assumir que foi pegar as joias e recebeu a ordem diretamente de Bolsonaro. "O Cid não nega os fatos. Ele assume que foi pegar as joias. 'Resolve isso lá'. Ele foi resolver. 'Vende a joia'. Ele vende a joia", disse o advogado.
Já nesta sexta-feira, ele recuou e disse que estava falando apenas sobre o relógio Rolex. De acordo com a nova versão do advogado de Cid é sobre "relógio e as joias, pois não tem nada a ver com joias"."Falei do relógio, que é uma joia. Não o relógio e joias", afirmou em nova entrevista.
Para a Veja, Cezar Bittencourt, disse que Mauro Cid iria declarar às autoridades a confissão do crime e que estava cumprindo ordens diretas de Bolsonaro, o mandante do esquema. Porém, o advogado mudou a versão do que havia dito.
De acordo com ele, o ex-presidente teria pedido para que Cid "resolvesse esse problema do Rolex" e ele, como assessor e militar, foi resolver, pois "apenas cumpre ordens", argumenta o defensor. Questionado sobre se o pedido de Bolsonaro para solucionar o caso é ordem, Cezar disse que "Para bom entendedor (meia palavra basta)".
"Na verdade, ele não me disse que foi a mando de Bolsonaro. Eu também não disse que estava entregando e dedurando o Bolsonaro. 'Resolve esse problema aí do Rolex'. E para bom entendedor, meia palavra basta. O Cid foi atrás e procurar resolver a questão do Rolex", declarou.
Correio da Bahia