Apesar do aumento geral de 3,5%, de 2020 para 2021, dos matriculados em Instituições de Ensino Superior (IES) no país, houve queda no número de matrículas na rede pública e em cursos presenciais. As informações são do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2023, divulgado nesta terça-feira (20/6) pelo Instituto Semesp (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação). O documento considera dados do Censo da Educação, referentes a 2021; e utiliza outras fontes, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e microdados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O Mapa revela que o crescimento no número de matrículas está vinculado ao aumento de alunos na modalidade de Ensino a Distância (EAD), que cresceu 19,7%, em 2021. Já nos cursos presenciais, houve uma queda de 5,5%, no mesmo ano, assim como na rede pública, que teve déficit de mais de 6% nas matrículas. Nas particulares, o crescimento foi de 2,7%, concentrando o maior índice de estudantes (76,9%).
Parte destas matrículas, no entanto, migraram dos cursos presenciais para os EAD, com mensalidades mais baixas. Assim, só na modalidade a distância, as matrículas na rede privada cresceram 20,2%, indicando 95,4% do total. Já na rede pública, depois de anos de estabilidade, foi evidenciada uma elevação de 9,4% em matriculas EAD.
A respeito da trajetória dos estudantes brasileiros, o estudo indica que somente 26,3% dos ingressantes em cursos presenciais e EAD concluíram os estudos. Já o número de concluintes de cursos presenciais em 2021 caiu 4,1%. Na rede privada, a queda foi de 6,8%, contra 5,9% da rede pública. Por outro lado, entre os anos de 2020 e 2021, o número de concluintes em cursos EAD aumentou 21,2%.
No que se refere a financiamento e bolsas, a pesquisa revela queda no número de estudantes contemplados por programas federais ou oferecidos pelas próprias IES. Apesar das 110 mil vagas disponíveis em 2022 pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), apenas 51 mil (45,5%) foram preenchidas. Já o Programa Universidade Para Todos (ProUni) registrou queda de 1,4 ponto percentual em 2021, seguindo a tendência de decréscimo, desde 2018.
Fonte: A Voz da Região / Correio do Povo