Obviamente, existe uma diferença. A explicação para isto, por outro lado, é um pouco mais complicada. Em primeiro lugar, precisamos entender o motivo pelo qual Elizabeth II era Rainha Regente, mas seu marido não era rei.
Acontece que, na hierarquia monarca, que segue preceitos criados séculos e séculos atrás, o título de Rei é superior ao de Rainha. É por isso que o marido da Rainha Elizabeth II, o Príncipe Phillip, não era rei. Hipoteticamente, caso fosse "promovido" ao cargo, ele automaticamente teria um título superior ao da Rainha, tornando-se a principal figura do reino.
Rainha Elizabeth II e sua nora, Camilla Parker Bowles, a atual Rainha Consorte da monarquia britânica. (Fonte: Chris Jackson/Getty Images)
A regra da monarquia britânica dita que o trono deve ser herdado, sendo então passado de uma geração para a próxima. Isto resultou na impossibilidade de Phillip (caso ainda estivesse vivo) um dia tornar-se o principal regente, já que era apenas casado com a herdeira do trono, enquanto Charles III seria nomeado Rei após a morte de sua mãe. Porém, a regra não é a mesma para o título de Rainha. Enquanto Reis devem herdar o título, suas respectivas esposas podem sim ser nomeadas Rainhas — neste caso, Rainhas Consortes.
quanto a primeira é a principal figura da monarquia, a segunda tem um papel de suporte, auxiliando o Rei e servindo como Conselheira Real. Sendo assim, ela pode exercer diversas funções que seriam de seu marido, tendo poder para assinar documentos no lugar do Rei e participar de eventos e comemorações no lugar do esposo, por exemplo.
Porém, uma Rainha Consorte não tem autonomia para nomear o próximo Primeiro Ministro por vontade própria, por exemplo. Ao contrário da Rainha Regente, que é literalmente a figura no topo da hierarquia, a Consorte só pode agir na tomada de decisões importantes caso esteja seguindo instruções diretas de seu marido, o Rei, geralmente limitando-se então ao papel de companheira, ajudante e conselheira.
Fonte: A Voz da Região / Mega Curiosos