Pabllo Vittar começou a entrevista falando de "Noitada", o quinto disco da carreira. "Este álbum tem um storytelling da balada até o after, ou às vezes até quero só ir para casa para dormir. Eu fiz muito laboratório pelo Brasil, indo em baladas, para ver o que está acontecendo nas pistas, em festas LGBTQIA+. A maioria das histórias aconteceu comigo", explica ela, rindo.
O processo criativo do álbum foi em um sítio no interior de São Paulo, que pertencia ao cantor Belchior (1946-2017). As composições começaram com uma vibe mais triste e renderam músicas que não foram lançadas ainda. "É muito bom ter noção do que a gente está sentindo e poder falar sobre o que estamos sentindo", contou a cantora. "A gente busca ser mais fiel com os sentimentos da gente. Quantas mãos eu já soltei de 2020 pra cá, pessoas tóxicas. A gente percebe que não pertence mais ao ciclo de amizade. Desde que comecei a fazer terapia, os álbuns vêm fácil pra mim. Subir ao palco tem sido um prazer tão grande quanto meu primeiro show. Já teve dia de eu subir ao palco com vontade de ficar na cama."