O senador Angelo Coronel (PSD) vê o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), como um possível presidenciável para 2026. Porém, de acordo com o parlamentar, o ex-governador baiano vai precisar tomar cuidado com o PT de São Paulo, que estaria vislumbrando Fernando Haddad (PT) para a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Se não puxarem o tapete de Rui na Casa CivilÂ… Eu tenho minhas dúvidas, porque a turma de São Paulo não é brincadeira. Todo mundo sabe que Lula tem certa preferência de ter Haddad como sucessor. Rui virou um player, para também ser um sucessor. Vai ser aquela queda de braço: Nordeste contra o Sul. Vamos ver no que vai dar", comentou o senador baiano.
Coronel ainda disse que pretende defender Rui de possíveis armadilhas colocadas no caminho do ex-governador da Bahia lá em Brasília, para viabilizá-lo como candidato à presidência em 2026.
"Rui tem que escapar das cascas de banana, porque a turma de São Paulo não vai querer ter sombra. Nós vamos ter que cuidar bem de Rui, para que Rui, quem sabe, possa vir a ser o nosso presidente", disse Coronel.
Para o senador, a escolha de Miriam Belchior – ex-ministra do Planejamento no governo de Dilma Rousseff (PT) – para ser a secretária-executiva da Casa Civil pode acabar minando o trabalho de Rui Costa em Brasília. Segundo Coronel, o escolhido para a função deveria ter sido Marcus Cavalcanti, ex-secretário da Fazenda na Bahia, que ficará em um posto menor, como secretário do Programa de Parceria e Investimentos (PPI).
"Se Rui acertar na Casa CivilÂ… Eu acho que ele vai acertar, apesar que eu senti que algumas pessoas que foram colocadas lá podem minar o trabalho dele. Por exemplo, a Miriam Belchior, que é a número dois do Ministério. Eu imaginava que Marcus Cavalcanti seria o "02", que é uma pessoa de Rui, sabe do estilo de Rui, era mais fácil para poder fazer a parte técnica e deixar Rui expandir para a parte política", avaliou o parlamentar.
Coronel também aproveitou para elogiar Rui Costa, que, de acordo com o senador, teria um perfil político trabalhador.
"Eu conheço pouca gente na Bahia, na parte política, que tenha a vontade, a tara de trabalho, que Rui Costa tem. Ele trabalha de noite, de madrugada, não tem horário. Muitas vezes, eu acho que ele deixa a família de lado para poder viajar. É um tarado político. Enquanto [o senador Jaques] Wagner é mais "low profile", do sambarilove, Rui é um cavalo político para trabalhar", definiu.
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