O Congresso Nacional celebra, nesta quinta-feira (8), os 200 anos da Independência do Brasil em sessão comemorativa no plenário da Câmara dos Deputados. Solenidade foi marcada pela ausência do presidente da República Jair Bolsonaro, que já havia confirmado a presença em agenda oficial, mas faltou ao compromisso sem dar explicações.
A solenidade conta com a participação dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. Também participaram os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo, da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e de Cabo Verde, José Maria Neves.
Também compareceram ao evento os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer, os ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, e os ministros de estado Victor Godoy (Educação) e Carlos França (Relações Exteriores), o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras e a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura.
Os ex-presidentes Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor não estavam presentes, mas encaminharam carta para justificar a ausência.
"DEMOCRACIA SÓLIDA"
Em discurso de abertura, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticou o discurso do ódio e da intolerância nas eleições deste ano. Com isso, lembrou da importância do voto para uma democracia sólida. Ele afirmou que o direito a escolher os representantes não deve ser exercido "em meio ao discurso de ódio" ou com violência.
"Lembro que daqui a menos de um mês os brasileiros e brasileiras vão às urnas praticar o exercício cívico de votar em seus representantes. E o amplo direito de voto, a arma mais importante em uma democracia, não pode ser exercido com desrespeito, em meio ao discurso de ódio, com violência ou intolerância em face dos desiguais", discursou Pacheco.
Pacheco também defendeu os Poderes constituídos como forma de enfrentar "alegóricos retrocessos antidemocráticos e eventuais ataques à democracia".
"Seus fundamentos, fortalecidos por meio do reconhecimento legítimo dos brasileiros aos Poderes constituídos, serviram e servirão para enfrentarmos alegóricos retrocessos antidemocráticos e eventuais ataques ao Estado de Direito e à democracia. Isso é irrefutável, isso é irreversível", disse Pacheco.
Nicole Angel, de BrasÃlia