Os brasileiros têm dormido de maneira insuficiente, nos últimos anos, segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) publicada em junho deste ano na revista Sleep Epidemiology. De acordo com o portal Metrópoles, entre as variáveis analisadas pelos cientistas, foi anotado um aumento de jovens com problemas relacionados ao sono: pessoas com idades entre 18 e 55 anos estão dormindo pior do que o grupo acima de 56 anos. "Houve uma piora nítida na qualidade do sono dos jovens, que são a população economicamente ativa. É uma faixa etária que precisa cuidar para que os problemas atuais não se transformem em doenças relacionadas à privação de sono no futuro", explica a professora Dalva Poyares, neurologista e especialista em Medicina do Sono, uma das autoras do estudo. Segundo a diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono, Monica Andersen, os hábitos das pessoas mais jovens levam a uma hiperestimulação cerebral na hora de dormir. "Pessoas mais jovens geralmente têm hábitos prejudiciais à saúde do sono, como maior consumo de cafés e energéticos, ritmo de trabalho e de estudo acelerados e exposição excessiva de telas antes de dormir. Esses fatores são hiperestimulantes, e mantêm o cérebro ativo no período em que deveria haver repouso", explica Monica.