O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) a decisão de declarar o fim da emergĂȘncia de saúde pública por conta da covid-19 no Brasil. O anúncio foi feito ontem pelo ministro.
Queiroga afirmou que a decisão se explica por trĂȘs pontos: a queda expressiva de casos e mortes por covid-19 nos últimos 15 dias; a ampla cobertura vacinal da população, jĂĄ que mais de 70% jĂĄ completaram esquema com duas doses e cerca de 39% tomaram a dose de reforço; e a capacidade do SUS de atender os casos de covid e as doenças prevalentes.
O ministro ainda destacou a capacidade de vigilância epidemiológica do Brasil como outro ponto que influenciou a decisão.
Ele disse que "nenhuma política de saúde pública serĂĄ interrompida" com a decisão de encerrar a emergĂȘncia.
"A covid não acabou e não vai acabar, e nós precisamos conviver com essa doença e com esse vírus. Felizmente, parece que o vírus tem perdido a força, tem perdido a letalidade, e cada dia nós vislumbramos um período pós-pandĂȘmico mais próximo de todo mundo", disse o ministro.
Queiroga disse que não cabe ao Ministério da Saúde "acabar com a pandemia". A Organização Mundial de Saúde (OMS), que declarou que a covid-19 era uma pandemia em março de 2020, ainda não alterou a classificação e tem demonstrado preocupação com o relaxamento das medidas de enfrentamento à doença por todo mundo.
"A Organização Mundial de Saúde analisa o contexto internacional e nós, aqui, analisamos o contexto nacional", avaliou Queiroga.
O Brasil registrou 10.417 mortes pela covid-19 em março, segundo consórcio da imprensa. O valor representa queda de 50% em relação a fevereiro.